Acompanhe as informações disponíveis sobre os ataques a ônibus em São Paulo
Foram identificados 580 casos de vandalismo contra veículos do transporte coletivo em todo o estado.

Em um novo balanço da SPTrans, divulgado nesta quinta-feira (10), foram identificados 580 casos de vandalismo contra veículos do transporte coletivo de São Paulo em todo o estado.
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Os incidentes começaram a ser registrados em 12 de junho, principalmente por meio de arremessos de pedras e atos de vandalismo. Nos últimos 13 dias, foram identificados aproximadamente 130 casos, com uma média de 10 ataques diários.
Após o 235º ataque, a Polícia Militar lançou a “Operação Impacto”, na última quinta-feira (3), com o objetivo de aumentar a segurança de passageiros e motoristas, além de monitorar os corredores, terminais e garagens de ônibus. Uma semana depois, iniciou-se uma nova fase da operação, denominada “Mega Operação Impacto”, na região de Osasco, com foco em reforçar o policiamento e impedir atos de vandalismo.
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Em adição às ações da Polícia Militar, o Deic e a Delegacia Seccional de Santos conduziram uma investigação sobre a série de ataques, com monitoramento cibernético e contato direto com a SPTrans para obter informações que contribuam para a elucidação dos casos.
A Secretaria de Segurança Pública classificou inicialmente o padrão dos ataques como “atípico”, devido ao grande número de empresas afetadas, em diversas regiões e horários.
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O delegado Ronaldo Sayeg declarou que, por ora, se descartou a possibilidade de envolvimento de organizações criminosas.
Na primeira etapa da operação, oito indivíduos foram detidos, até o final da sexta-feira (4). No período do fim de semana, mais três pessoas foram presas, além de um adolescente apreendido, sendo um dos detidos o filho de um motorista da SPTrans, Everton de Paiva Balbino, indiciado por tentativa de homicídio de uma passageira e danos ao patrimônio.
As investigações também fortaleceram a hipótese de que os atos de vandalismo foram motivados pela rivalidade e disputa por espaço entre empresas de ônibus. Outra hipótese investigada pelo DEIC é a realização de desafios na internet.
A Agência de Transportes do Estado de São Paulo declarou em comunicado que as empresas e concessionárias estão disponíveis para os procedimentos de registro de ocorrências e que se colocam à disposição das autoridades para colaborar nas investigações. A empresa também informou que acompanha a situação.
A SPTrans orientou as concessionárias a comunicarem à Central de Operações e a formalizarem as ocorrências junto às autoridades policiais.
A empresa deve encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por um da reserva técnica, que dará continuidade ao serviço prestado aos passageiros.
Um relatório da Polícia Civil aponta que três empresas concentram a maioria dos ataques a ônibus registrados na cidade de São Paulo desde o início de junho. Os dados demonstram que os maiores alvos são a Mobibrasil, com 40 ocorrências, a Transppass, com 28, e a Viação Grajaú, com 26 ônibus danificados. A maioria dos casos aconteceu nas zonas Sul e Oeste da capital.
Número de mortes de motociclistas aumentou em aproximadamente 18% em maio no estado de São Paulo.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.