Em 2025, o Brasil atingiu um marco histórico de inadimplência, com 77,8 milhões de consumidores listados com nome negativado, conforme dados da Serasa Experian.

Entre as empresas, 7,5 milhões de CNPJs acumulam dívidas que totalizam R$ 177 bilhões.

A especialista em educação financeira, Aline Soaper, aponta que a situação demonstra o aumento do custo de vida, o uso excessivo do crédito e a ausência de organização financeira. “Muitas famílias e empresas não possuem reserva de emergência e acabam recorrendo a linhas caras, como cartão de crédito e cheque especial, criando um ciclo difícil de romper”, afirma.

Apesar da dificuldade, ela assegura que é viável renegociar dívidas e retomar o controle com rigor. Seguem-se os cinco passos propostos por Aline para se livrar das dívidas.

Realize uma avaliação financeira.

É necessário determinar o custo de vida efetivo e compará-lo com a remuneração mensal. Caso os gastos excedam a renda, a prioridade deve ser diminuir despesas e encontrar novas fontes de receita antes de tentar renegociar dívidas.

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Eleve a receita e diminua os gastos.

Com o orçamento sob controle, organize todas as dívidas, distinguindo o valor original do montante com os juros e multas. Essa análise possibilita identificar o valor adicional pago em encargos, facilitando a negociação.

Identifique dúvidas de maior risco

Pagamentos referentes a bens essenciais, como imóveis, automóveis ou condomínios, devem ter prioridade, pois podem acarretar perdas financeiras ou ações judiciais. Tais pagamentos necessitam ser regularizados antes de se abordar outras dívidas.

Elabore um plano para dívidas elevadas.

Após assegurar os compromissos essenciais, aloque um montante determinado, incluindo rendimentos adicionais, para quitar dívidas com juros elevados. O método recomendado é concentrar-se em uma dívida por vez, iniciando pela que apresenta a maior taxa de juros. Ao finalizá-la, utilize o valor disponibilizado para a próxima.

Negocie com prudência e altere seus hábitos.

Evite supõe valores que prejudiquem o orçamento. Adapte gastos para atender aos compromissos, venda bens sem utilização e empregue os recursos para quitar dívidas progressivamente. O foco deve estar em elevar a renda, evitar novos débitos e manter disciplina financeira.

Para Aline, restabelecer a reputação é apenas uma etapa do processo. “O desafio real reside em manter a estabilidade financeira e estabelecer um relacionamento saudável com o dinheiro”, finaliza.

Fonte por: Carta Capital