Ações de mineradoras superam bitcoin e big techs em 2025 com alta de 400%
As ações das americanas Centrus Energy e MP Materials subiram mais de 400% desde o início do ano.
Alta do Preço do Ouro em 2025
A elevação do preço do ouro em 2025 gerou um rali histórico nas ações de mineradoras, que já apresentam ganhos muito superiores aos de ativos como bitcoin e das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos.
Enquanto o bitcoin registra uma valorização de 22,56% no ano, as empresas de mineração de ouro e metais estratégicos chegam a ter alta superior a 400%. O índice S&P Global Gold Mining disparou 126% neste ano, destacando-se como o melhor desempenho entre todos os índices setoriais do S&P.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Comparação com Gigantes da Tecnologia
O desempenho das mineradoras supera também os ganhos das grandes empresas de tecnologia. A Nvidia acumula alta de 40%, a Oracle Corporation 72%, a Alphabet Inc. (controladora do Google) 30% e a Microsoft 25%, conforme dados do jornal britânico Financial Times.
Leia também:

Empresas da bolsa brasileira como Itaú, Petrobras e Vale devem pagar dividendos extras; descubra as condições financeiras necessárias

Dólar cai com expectativas de corte de juros nos EUA e tensões comerciais; Fed pode afrouxar política monetária

Bolsa de Xangai avança 1% e supera 3.900 pontos após anúncio de tarifas dos EUA
Segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, 27 mineradoras com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão apresentaram alta superior a 100% até 10 de outubro. Entre os destaques estão as americanas Centrus Energy Corp, com avanço de 446%, MP Materials Corp (402%) e Ramaco Resources Inc (370%).
Desempenho das Mineradoras
Entre os grandes nomes globais, a Agnico Eagle Mines Ltd acumula alta de 112% no ano, a Barrick Mining Corp sobe 115% e a Newmont Corp avança 132%. Em comparação, a brasileira Vale teve uma alta de 9,84% desde o início do ano.
Fatores que Impulsionam o Ouro
O ouro ultrapassou a marca histórica de US$ 4.000 por onça na semana passada, impulsionado por tensões geopolíticas, a paralisação do governo americano e pela forte demanda de bancos centrais pela commodity.
O entusiasmo é tão grande que, no dia 13, o Bank of America (BofA) elevou sua projeção para a commodity a US$ 5.000 por onça em 2026, com uma média estimada de US$ 4.400 no ano. Como os custos operacionais dessas empresas tendem a ser fixos, o aumento do preço do metal resulta em maiores margens de lucro.
“Foi um ano muito bom para as ações de ouro. As mineradoras têm mais caixa do que sabem o que fazer”, afirmou Imaru Casanova, gestora da VanEck, ao Financial Times.
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.