Ações da Nike despencam quase 10% após relatório financeiro de 2026 revelar queda nas vendas na China. Entenda os detalhes e as perspectivas futuras!
As ações da Nike caíram quase 10% nesta sexta-feira (19), por volta das 13h20, no horário de Brasília. A queda ocorreu após a divulgação de um relatório financeiro referente ao ano fiscal de 2026, que mostrou uma diminuição nas vendas de produtos da empresa na China.
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Este relatório, divulgado na quinta-feira (18), revelou que a gigante dos artigos esportivos enfrentou uma redução nas margens brutas pelo segundo trimestre consecutivo.
Matthew Friend, vice-presidente executivo e diretor financeiro da Nike, comentou sobre os resultados: “No segundo trimestre, demonstramos a resiliência do nosso portfólio, apresentando um crescimento modesto da receita reportada, ao mesmo tempo que gerenciamos os desafios decorrentes do reposicionamento dos nossos negócios em um ambiente operacional dinâmico.”
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No período analisado, a receita totalizou US$ 12,4 bilhões, representando um aumento de 1%, impulsionado principalmente pelo crescimento na América do Norte, embora compensado por quedas na China e na Ásia-Pacífico. As vendas por atacado alcançaram US$ 7,5 bilhões, um aumento de 8%, também devido ao desempenho na América do Norte.
Por outro lado, as vendas diretas caíram para US$ 4,6 bilhões, uma redução de 8%.
As despesas com geração de demanda aumentaram para US$ 1,3 bilhão, um crescimento de 13%, refletindo o aumento nas despesas com marketing. As despesas operacionais gerais foram de US$ 2,8 bilhões, uma queda de 4%, principalmente devido à redução nas despesas com salários e custos administrativos.
O lucro líquido da empresa foi de US$ 800 milhões, uma queda de 32%, enquanto o lucro diluído por ação foi de US$ 0,53, também uma redução de 32%.
Os estoques da Nike Inc. totalizaram US$ 7,7 bilhões, uma diminuição de 3%, refletindo a redução nas unidades, embora compensada pelo aumento dos custos dos produtos devido a tarifas mais altas. As vendas na América do Norte aumentaram 9%, atingindo US$ 5,63 bilhões, enquanto a receita na China caiu 17%, para US$ 1,42 bilhão.
Elliott Hill, presidente e CEO da Nike Inc., destacou a importância do mercado chinês: “A China continua se destacando como uma das oportunidades de longo prazo mais poderosas no esporte. Isso não mudou. Espere ouvir, ver e sentir muito mais sobre como vamos gerenciar o mercado chinês de forma diferente neste ano fiscal e nos próximos.” Matthew Friend complementou que a empresa está fazendo as mudanças necessárias para garantir uma recuperação completa e tomar decisões em tempo real para a saúde a longo prazo das marcas.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.