As ações da Embraer subiram mais de 10% na bolsa brasileira nesta quarta-feira (30), após aeronaves serem excluídas do sistema de tarifas de 50% nos Estados Unidos, devido à ordem executiva do presidente Donald Trump.
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Por volta das 16h10, as ações da Embraer subiam aproximadamente 11%. Anteriormente, os papéis operavam em tendência de baixa, com quedas superiores a 2%.
O movimento impulsiona o Ibovespa, que naquele momento apresentava alta de 0,7%, em torno de 133,6 mil pontos.
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A lista de isenções ainda contempla suco de laranja, petróleo, celulose, entre dezenas de outros produtos.
Esses são alguns dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil para os Estados Unidos, que haviam sido objeto de preocupação do governo e do setor produtivo em relação ao comércio de Donald Trump.
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Além dos já citados, também foram isentos do tarifário carvão, aço e seus subprodutos. Castanhas de origem nacional e outros itens também não sofrerão com a alíquota mais alta.
Alimentos como carne, café e frutas, que também se destacam nas exportações para os Estados Unidos, não constam da lista.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou nesta quarta-feira um decreto executivo que estabelece a alíquota de 50% sobre produtos brasileiros. A ação entrará em vigor sete dias após a assinatura do decreto, isto é, em 6 de agosto.
O documento apresenta Trump argumentando que a ordem é justificada por uma “emergência nacional” devido às políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro, que, na visão do republicano, afetam empresas americanas, os direitos à liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país.
Trump também cita como justificativa para a medida o que considera como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com base nos motivos mencionados, a Casa Branca comunicou que a decisão foi tomada com fundamento na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, que concede ao presidente dos EUA a prerrogativa de adotar medidas excepcionais em situações de crise nacional.
O documento afirma que o presidente Trump tem reiterado seu compromisso em defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças externas, incluindo a proteção da liberdade de expressão, a salvaguarda de empresas americanas contra censura coercitiva ilegal e a responsabilização de infratores de direitos humanos por atos ilícitos.
A Casa Branca cita o emprego de decisões monocráticas do ministro do STF Alexandre de Moraes a partir de 2019 para “abuso de sua autoridade judicial, com o objetivo de ameaçar, macular e intimidar inúmeros opositores políticos”.
Alexandre de Moraes teve aplicada a Lei Magnitsky, que estabelece sanções econômicas desde o bloqueio de ativos nos Estados Unidos até restrições de movimentações bancárias. A informação foi divulgada antecipadamente pelo analista internacional da CNN, Lourival Sant’Anna.
O presidente Trump está defendendo empresas americanas da extorsão, protegendo cidadãos americanos da perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão americana da censura e salvando a economia americana de ficar sujeita aos decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico.
Compreenda a política tarifária de Trump em relação ao Brasil e seus efeitos na economia.
Fonte por: CNN Brasil