PRF-PE inicia perícia em acidente de ônibus que deixou 17 mortos

A Polícia Rodoviária Federal de Pernambuco (PRF-PE) deu início, neste domingo (19), à perícia do local onde um ônibus fretado tombou, resultando em 17 mortes na BR 423, em Saloá, no Agreste de Pernambuco. O objetivo da investigação é identificar elementos, evidências e documentos que ajudem a entender a dinâmica da colisão.

Além das vítimas fatais, outras 17 pessoas ficaram feridas, com dois pacientes em estado grave sob cuidados intensivos. A Polícia Civil de Garanhuns está à frente da investigação, que depende da conclusão dos laudos periciais para esclarecer as circunstâncias e responsabilidades do acidente.

Equipe de perícia e tecnologia utilizada

Para a realização da perícia, policiais especializados de Pernambuco e Sergipe estão envolvidos. Eles utilizam técnicas e equipamentos tecnológicos avançados, como drones e scanners, para registrar com precisão o local do acidente e os vestígios encontrados.

O laudo técnico da PRF, que trará a conclusão sobre a dinâmica e as causas do acidente, deve ser finalizado em até 30 dias. Esse documento será encaminhado à Polícia Científica para auxiliar nas investigações da Polícia Civil.

Detalhes do acidente

O acidente ocorreu com um ônibus de fretamento que saiu de Brumado, na Bahia, e retornava após os passageiros realizarem compras no Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco. A dinâmica preliminar sugere que o motorista perdeu o controle, invadiu a contramão, colidiu em rochas e tombou após atingir um barranco de areia.

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O local do acidente, conhecido como Serra dos Ventos, possui uma geografia sinuosa e pouca iluminação, o que exige atenção redobrada dos motoristas. A força do impacto foi tão intensa que alguns passageiros foram arremessados para fora do veículo, levantando a hipótese de que não estivessem usando cinto de segurança.

Capacidade do ônibus e possíveis causas

Embora o ônibus estivesse dentro da capacidade máxima permitida de 50 passageiros, as autoridades estimam que cerca de 40 pessoas estavam a bordo, superando os 32 nomes encontrados nas listas de passageiros, possivelmente devido a caronas.

O motorista, que sofreu ferimentos leves, realizou o teste do bafômetro, que deu negativo para álcool. Ele mencionou à Polícia Civil a suspeita de falha mecânica como uma possível causa do acidente. No entanto, um passageiro relatou que o ônibus estava em alta velocidade momentos antes do tombamento.

Uma perícia mais detalhada no veículo, realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) e pela PRF, será crucial para determinar se a causa do acidente foi falha humana ou mecânica. A avaliação também incluirá o peso da carga transportada, composta principalmente por mercadorias, para verificar se o excesso contribuiu para o sinistro.