Aborto legalizado em Cuba: direito histórico garantido a todas as mulheres

Garantia assegura que mulheres em todo o Brasil podem acessar hospitais públicos e solicitar interrupção da gravidez.

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(FILES) An activist in favour of the legalization of abortion demonstrates outside the Rio de Janeiro Legislative House in Rio de Janeiro, Brazil, on August 08, 2018. The Brazilian Supreme Federal Court (STF) began to vote virtually on September 22, 2023, on the decriminalization of abortion up to the 12th week of pregnancy, in a session that was suspended following the request of a magistrate to follow it in person on a date to be defined. (Photo by Mauro Pimentel / AFP)

Direito ao Aborto: Um Marco Revolucionário em Cuba

O direito à interrupção voluntária da gravidez continua sendo um tema de intenso debate em diversas partes do mundo. Na América Latina e no Caribe, apenas cinco países garantem que as mulheres possam interromper a gravidez legalmente. Cuba se destaca como um exemplo notável, tendo assegurado esse direito há 60 anos, um marco significativo da Revolução Cubana.

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A Garantia Cubana: Um Sistema de Saúde Público

Em Cuba, o aborto é reconhecido como um direito conquistado pelas mulheres após a Revolução e é oferecido gratuitamente em hospitais públicos. Qualquer mulher, maior de idade ou menor com o consentimento dos pais, pode procurar um hospital e solicitar a interrupção da gravidez, sem a necessidade de justificativa além de sua própria decisão, conforme explica a advogada e ativista feminista Loren Alonso.

A Autodeterminação como Princípio Essencial

“A autodeterminação das mulheres é um princípio essencial”, enfatiza Alonso, ressaltando que a sociedade assimilou essa garantia como um direito. Ela esclarece que, embora não seja totalmente aceito por todos, o direito de escolher sobre o próprio corpo não é tão questionado como em outros países, onde surgem muitos problemas relacionados a essa questão.

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Lista de Itens: Aspectos Chave da Garantia Cubana

A Evolução da Política Cubana

A legalização precoce do aborto foi um marco da Revolução Cubana, parte de um processo social mais amplo que incluiu a promoção dos direitos das mulheres, o acesso universal à saúde e à educação, e o direito ao planejamento familiar. Antes da Revolução, a falta de acesso à educação sexual, a inexistência de métodos contraceptivos e a ausência de procedimentos seguros condenavam as mulheres das classes populares, especialmente nas zonas rurais, a enfrentar um alto risco de morte prematura.

Conclusão: Um Legado em Construção

Com o triunfo da Revolução, esse flagelo foi revertido. Através do trabalho de organizações revolucionárias, formadas especialmente por mulheres, que levaram atenção médica e educação às comunidades mais empobrecidas, foram lançadas as bases para a regulamentação formal do aborto. Inicialmente, tratava-se fundamentalmente de uma questão de saúde pública, guiada por um princípio da Revolução: colocar a vida no centro do projeto social.

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Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

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