Aborto legalizado em Cuba: direito histórico garantido a todas as mulheres

Garantia assegura que mulheres em todo o Brasil podem acessar hospitais públicos e solicitar interrupção da gravidez.

28/09/2025 9:12

2 min de leitura

(FILES) An activist in favour of the legalization of abortion de...

Direito ao Aborto: Um Marco Revolucionário em Cuba

O direito à interrupção voluntária da gravidez continua sendo um tema de intenso debate em diversas partes do mundo. Na América Latina e no Caribe, apenas cinco países garantem que as mulheres possam interromper a gravidez legalmente. Cuba se destaca como um exemplo notável, tendo assegurado esse direito há 60 anos, um marco significativo da Revolução Cubana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Garantia Cubana: Um Sistema de Saúde Público

Em Cuba, o aborto é reconhecido como um direito conquistado pelas mulheres após a Revolução e é oferecido gratuitamente em hospitais públicos. Qualquer mulher, maior de idade ou menor com o consentimento dos pais, pode procurar um hospital e solicitar a interrupção da gravidez, sem a necessidade de justificativa além de sua própria decisão, conforme explica a advogada e ativista feminista Loren Alonso.

A Autodeterminação como Princípio Essencial

“A autodeterminação das mulheres é um princípio essencial”, enfatiza Alonso, ressaltando que a sociedade assimilou essa garantia como um direito. Ela esclarece que, embora não seja totalmente aceito por todos, o direito de escolher sobre o próprio corpo não é tão questionado como em outros países, onde surgem muitos problemas relacionados a essa questão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lista de Itens: Aspectos Chave da Garantia Cubana

  • Aborto gratuito em hospitais públicos.
  • Disponibilidade para mulheres de todas as idades, com consentimento dos pais para menores.
  • Ausência de justificativa além da decisão da mulher.

A Evolução da Política Cubana

A legalização precoce do aborto foi um marco da Revolução Cubana, parte de um processo social mais amplo que incluiu a promoção dos direitos das mulheres, o acesso universal à saúde e à educação, e o direito ao planejamento familiar. Antes da Revolução, a falta de acesso à educação sexual, a inexistência de métodos contraceptivos e a ausência de procedimentos seguros condenavam as mulheres das classes populares, especialmente nas zonas rurais, a enfrentar um alto risco de morte prematura.

Conclusão: Um Legado em Construção

Com o triunfo da Revolução, esse flagelo foi revertido. Através do trabalho de organizações revolucionárias, formadas especialmente por mulheres, que levaram atenção médica e educação às comunidades mais empobrecidas, foram lançadas as bases para a regulamentação formal do aborto. Inicialmente, tratava-se fundamentalmente de uma questão de saúde pública, guiada por um princípio da Revolução: colocar a vida no centro do projeto social.

Leia também:

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.