A Via Campesina Brasil reunirá pessoas LGBTQIA+ do campo, das águas e da floresta para a realização do 4º Seminário Nacional LGBT+ da organização, a partir desta quinta-feira (17). O evento aborda os desafios e perspectivas dessa população diante dos cenários político e econômico atuais.

A programação do evento inclui discussões sobre diversidade sexual e de gênero, relacionadas ao conceito de corpo-território, os obstáculos e as possibilidades na implementação de políticas públicas, além de abordar temas como ancestralidade e qualidade de vida.

Dona Silva, membro do Coletivo LGBTI+ da Via Campesina Brasil, destaca a relevância da compreensão do termo corpo-território para o debate. Essa abordagem integra as lutas individuais e coletivas por terra, água e soberania.

Isso nos faz refletir sobre o nosso corpo como território de violências que experimentamos, que são semelhantes às violências que nossos territórios enfrentam. Seja da expropriação, da ausência de demarcação dos territórios, da falta de homologação dos territórios quilombolas e da instabilidade na reforma agrária na defesa de nossos territórios.

A saúde mental e o autocuidado também serão abordados. O seminário terá horários especificamente dedicados a essas temáticas na quinta-feira (17) e na sexta-feira (18). A pauta inclui ainda temas como o feminismo popular e camponês, o papel da agroecologia na soberania alimentar e a luta contra a LGBTfobia.

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A meta principal é estabelecer um espaço de estudo e reflexão compartilhada, com ênfase na formulação de ações e estratégias que guiem as disputas no cenário político atual. Dâ Silva ressalta que a defesa da classe trabalhadora e a construção de um projeto popular para o país devem ser baseadas na diversidade.

Nossas principais atividades consistem em prosseguir com o processo de organização das nossas bases e na defesa dos nossos territórios, em especial da bandeira da diversidade, do povo diverso, dos movimentos diversos que defendem a diversidade do povo que constrói as fileiras de luta dos nossos movimentos.

A realização do Seminário é apoiada pelas organizações Grass Hut e Pachamama, pela ENFF e pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+.

Fonte por: Brasil de Fato