A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, viajarão à China na quinta-feira (24) e se encont…
A China anunciou nesta segunda-feira (21) que promoverá uma cúpula de alto nível com a UE em Pequim, durante a semana, em celebração aos 50 anos de relações diplomáticas, enquanto ambos os lados procuram gerenciar divergências comerciais em face de incertezas globais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, visitaram a China na quinta-feira (24) e se reuniram com o presidente chinês, Xi Jinping, informou o Ministério das Relações Exteriores da China nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, atuará como copresidente da 25ª Cúpula China-UE com os líderes da UE na mesma data.
A reunião se dá em um momento de tensões comerciais globais acentuadas, com Pequim buscando assegurar vínculos econômicos e políticos mais próximos com o bloco europeu para se proteger das incertezas em suas relações com os Estados Unidos.
As relações entre a UE e a China sofreram uma deterioração acentuada em 2021, com Bruxelas impondo sanções a autoridades chinesas devido a alegações de abusos de direitos humanos em Xinjiang, o que provocou represálias rápidas de Pequim, interrompendo significativamente os intercâmbios bilaterais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As relações também foram afetadas por diversas disputas comerciais nos últimos anos, abrangendo questões sobre veículos elétricos produzidos na China, conhaque e carne de porco europeus, compras governamentais de equipamentos médicos e terras raras.
A cúpula ocorre em um momento crucial para essas relações, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, aos repórteres em uma coletiva de imprensa regular.
Guo afirmou que a China deseja que o grupo coopere em conjunto.
Ele afirmou que a China considera que, após 50 anos de desenvolvimento, as relações China-UE podem superar as dificuldades e desafios em constante mudança, descrevendo os laços entre os dois lados como maduros e estáveis, embora apresentem problemas.
A Comissão Europeia, por meio de declarações recentes, destacou o crescimento econômico da China, ao mesmo tempo em que apontou que o país sobrecarregou mercados internacionais, restringiu o acesso ao seu mercado e facilitou a economia de guerra da Rússia.
Aquele bloco, que considera a China um parceiro para cooperação, concorrente econômica e rival sistêmico, também afirmou ver a necessidade de desgelar os laços em meio às incertezas do comércio global.
Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas comerciais abrangentes em abril, Von der Leyen disse ao primeiro-ministro chinês, Li, em um telefonema, que é responsabilidade da UE e da China “apoiar um sistema comercial reformado forte, livre, justo e baseado em condições equitativas”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.