A União Europeia procura estabelecer um acordo sobre metas climáticas até o mês de setembro

A grande maioria dos países da União Europeia (UE) apoiou os planos para alcançar um acordo sobre sua nova meta de mudança climática até setembro, de acordo com fontes próximas às discussões desta sexta-feira (11).

Na semana passada, a Comissão propôs que o compromisso previsse uma redução de 90% das emissões em relação aos níveis de 1990, ainda que os países pudessem adquirir créditos de carbono internacionais para atender a uma parcela restrita da meta.

A Dinamarca, que assumiu a presidência rotativa da UE este mês e está conduzindo as negociações entre os países sobre a meta.

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É crucial que a União Europeia se una em torno de novos objetivos climáticos, afirmou o ministro dinamarquês do clima, Lars Aagaard. “Temos uma janela muito limitada para concluir essas negociações.”

Na reunião, a maioria dos 27 países membros da UE apoiou o plano de estabelecer um acordo sobre a meta climática para 2040 em setembro.

Alguns países, incluindo Polônia, Hungria e República Tcheca, se opuseram a um acordo acelerado, ao passo que outros solicitaram alterações na proposta da Comissão.

“Não se trata de uma decisão que podemos tomar de maneira superficial, pois está afetando toda a economia. Trabalhar sob essa pressão de tempo não é razoável”, declarou o vice-ministro polonês do Clima, Krzysztof Bolesta, à Reuters sobre o prazo estabelecido para setembro.

Os representantes da Hungria e da República Tcheca na UE confirmaram que seus governos se opõem ao prazo de setembro.

A União Europeia enfrenta diversos desafios.

A mudança climática transformou a Europa no continente que mais rapidamente se aquece globalmente, impulsionando ondas de calor e incêndios destrutivos.

Contudo, a meta para 2040 gerou tensões políticas em relação ao nível de ambição no enfrentamento das mudanças climáticas, em um cenário onde a Europa está elevando significativamente os gastos com defesa e buscando sustentar as indústrias locais.

A Comissão propôs flexibilizações que reduziriam a meta de 90% de emissões para as empresas europeias, visando alcançar os governos céticos.

O vice-ministro polonês do Clima afirmou que os países expressaram preocupações acerca de questões como a ausência de clareza sobre o funcionamento dessas flexibilizações.

A União Europeia tem até meados de setembro para apresentar uma nova meta climática para 2035 à ONU, que, segundo a Comissão, deve ser derivada da meta de 2040.

Fonte por: CNN Brasil