A União Europeia definiu um limite de 15% abaixo do preço médio de mercado, o que corresponderia a US$ 47,60 por barril.
A União Europeia aprovou seu 18º pacote de sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia. A decisão ocorreu nesta sexta-feira (18.jul.2025), em Bruxelas, após semanas de negociações entre os países membros do bloco. As novas medidas incluem um limite variável de preço para o petróleo russo, estabelecido em 15% abaixo do preço médio de mercado.
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O novo mecanismo visa aprimorar o limite anterior de US$ 60 por barril, estabelecido pelo G7 desde dezembro de 2022. Com os preços atuais, o teto restringiria o valor do petróleo bruto russo a cerca de US$ 47,60 por barril. Os contratos futuros do Brent avançaram nesta sexta-feira para aproximadamente US$ 70.
A Rússia conseguiu vender a maior parte de seu petróleo acima do limite previamente definido, assegurando o apoio financeiro do governo. A redução nos preços dos contratos futuros de petróleo nos últimos meses tornou o patamar de US$ 60 por barril quase inexperiencial.
O pacote também impede transações relacionadas aos gasodutos Nord Stream e ao setor financeiro russo. Eslováquia, Grécia, Chipre e Malta, que inicialmente manifestaram preocupações, acabaram apoiando as medidas após a superação de obstáculos diplomáticos. As sanções afetam diretamente o comércio de petróleo russo, essencial para as finanças estatais do país.
O pacote abrange 105 navios da “frota sombra” russa, termo empregado por autoridades ocidentais para identificar embarcações que Moscou utiliza para driblar as restrições petrolíferas. Foram também sancionados bancos chineses que “permitem a evasão de sanções”, embora não tenham sido listados pela chefe de Política Externa da UE, Kaja Kallas.
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Ela afirmou: “A UE acabou de aprovar uma de suas sanções mais severas contra a Rússia até o momento. Manteremos o aumento dos custos, para que cessar a agressão se torne o único caminho a seguir para Moscou.”
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reduziu a importância da decisão da UE em 17 de julho de 2025. “Já declaramos repetidamente que consideramos tais restrições unilaterais ilegais, e nos opomos a elas. No entanto, é evidente que já obtivemos uma certa imunidade às sanções, nos adaptamos à vida sob sanções”
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro), considerou a decisão como “essencial e oportuna”. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, complementou: “Negar à Rússia suas receitas petrolíferas é fundamental para pôr fim à sua agressão”
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.