A taxa Selic em 15% impede o financiamento e o crédito para pequenas indústrias, adverte Simpi

Juros altos comprometem o acesso ao crédito, diminuem a competitividade e colocam em risco a continuidade de empresas de pequeno porte.

17/09/2025 17:08

2 min de leitura

Com o Copom definindo a próxima meta da taxa Selic, o mercado espera que ela permaneça em 15% ao ano. Especialistas indicam que reduções podem só se concretizar a partir de 2026, conforme o contexto econômico.

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Para o governo, a taxa elevada controla a inflação, mas para micro e pequenas indústrias, ela significa redução nos investimentos e menor poder de competição.

O impacto nas pequenas empresas

Joseph Couri, presidente do Simpi Nacional, considera que as taxas de juros atuais são insustentáveis para pequenos empresários. Ele estima que até mesmo as linhas de crédito oferecidas por bancos públicos e estaduais se tornam inviáveis.

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“O acesso se mantém, porém os juros tornam inviável o crédito, principalmente para os pequenos empreendedores”, declara Couri. A dificuldade em financiar o capital de giro e a aquisição de equipamentos impacta o emprego e a inovação, aumentando a disparidade em relação às grandes corporações.

Existem diversas opções de financiamento disponíveis.

Com a taxa Selic em nível elevado, consórcios surgiram como alternativa para o acesso a bens e serviços. O Simpi estabeleceu parceria com a Unifisa, disponibilizando tarifas de administração mais baixas aos associados.

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O modelo possibilita a aquisição de equipamentos e serviços com despesas inferiores às oferecidas por financiamentos convencionais. Couri, contudo, enfatiza que tais ações não substituem uma política monetária mais equilibrada.

A ameaça ao desenvolvimento.

O presidente do Simpi afirma que o Brasil necessita de financiamento mais acessível para impulsionar a inovação e a produtividade. A manutenção da taxa Selic em patamar elevado restringe o pequeno empresário, inibe o crescimento e provoca consequências que extrapolam o setor produtivo, impactando o emprego e a arrecadação do governo.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.