Afirmações surgem em razão do aumento das tensões entre Brasil e Estados Unidos, em decorrência do anúncio do presidente Donald Trump de uma alíquota de…
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou que as tarifas “podem parecer algo patriótico”, mas somente até certo ponto. As afirmações ocorrem em meio ao aumento das tensões entre Brasil e Estados Unidos, após o presidente Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre a importação de produtos brasileiros.
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“Tarifas podem até parecer algo interessante para quem aplica, algo patriótico, algo que traz um retorno para empresas, para empregos. Isso é verdade até a página dois”, disse o governador durante a abertura da Coopercitrus Expo, em Bebedouro, no interior paulista.
A aplicação de tarifas gera um mercado viciante no médio e longo prazo. A aplicação de tarifas é um obstáculo para o desenvolvimento de tecnologia, tornando empresas dependentes do Estado. “Nunca foi bom ao longo do tempo”, afirmou Tarcísio. Entre as justificativas de Trump para a imposição das tarifas ao País estão os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou a decisão para cobrar do Congresso Nacional a aprovação de uma anistia para o seu pai.
Na última sexta-feira (18), Bolsonaro foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O ex-presidente está submetido a medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e também está proibido de acessar as redes sociais.
Eduardo solicitou que os Estados Unidos apresentassem uma reação diante do que ele considerou um “novo modelo de censura brasileiro”. Após a decisão do STF, o secretário de Estado de Trump, Marco Rubio, anunciou a revogação imediata dos vistos dos ministros da Corte brasileira e de seus familiares diretos.
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O anúncio das tarifas evidenciou o confronto entre o filho de ex-presidente e o governador paulista, cenário que se desenha em relação às eleições de 2026. Eduardo teve divergências com Tarcísio em relação à posição a ser assumida em relação às tarifas. Na mesma ocasião, Tarcísio reiterou a defesa do diálogo e destacou que a política externa brasileira deve ser guiada pelo interesse nacional, e não por disputas ideológicas.
Os dois maiores mercados das Américas e as duas maiores democracias ocidentais não podem estar distantes. É fundamental que se chegue a uma solução para isso. É preciso ter essa compreensão de que o discurso eleitoral não pode estar acima do interesse nacional, afirmou Tarcísio, que figura como principal opositor da direita para enfrentar o presidente Lula no próximo ano.
É preciso que quem representa o Brasil demonstre essa compreensão. É necessário trabalhar para descontrair as relações. É preciso trabalhar para apaziguar. É necessário entender o contexto geopolítico. Reconhecer que o Brasil não obtém benefícios ao se alinhar a certos blocos em detrimento de outros. E se compreendermos isso, teremos sucesso na mesa de negociação, concluiu.
Com informações do Estadão Contudo Publicado por Fernando Dias
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.