A recusa do Banco Central na aquisição do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília) se justificou, principalmente, pelo risco de sucessão, informou a CNN. Segundo relatos, a autoridade monetária já possuía uma posição técnica consolidada e poderia comunicar isso ainda nesta semana.
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A preocupação era que os passivos e problemas da Master, que não seriam adquiridos, contaminassem a operação e se refletissem no BRB.
O chamado risco de sucessão ocorre quando, em uma operação de compra, os passivos e responsabilidades do vendedor – mesmo que não estejam incluídos formalmente no negócio – podem ser herdados pelo comprador.
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Após a aquisição, o receio era que ativos problemáticos e dívidas do BRB permanecessem vinculados à instituição, afetando sua solidez financeira.
A operação, divulgada em março, incluía a compra de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais, representando 58% do capital da Master.
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A empresa havia obtido parecer do Cade e da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ainda que enfrentasse contestações jurídicas e necessitava da autorização do órgão regulador.
O BRB ainda não recebeu a íntegra da decisão, e somente após isso poderá definir se recorre. A expectativa é que o banco peça a reconsideração do caso.
A avaliação do Banco Central ocorreu em cenário de pressões políticas: um dia antes da decisão, parlamentares do Centrão protocolaram pedido de urgência para uma proposta que concede ao Congresso o poder de destituir o presidente e os diretores da autoridade monetária.
A movimentação foi percebida como uma pressão para que o Banco Central avaliasse o mais rápido possível a operação entre os bancos.
A partir de 2021, o Banco Central possui autonomia e os cargos de diretoria e presidência possuem mandatos com duração de quatro anos. As demissões somente podem ser realizadas pelo presidente da República e em casos específicos.
Fonte por: CNN Brasil