A situação em Gaza é de fome e a reação de repúdio se alastra globalmente
A principal agência das Nações Unidas para os palestinos ressalta o forte contraste entre a realidade em Israel e a batalha pela sobrevivência em Gaza.

As imagens de crianças esqueléticas em Gaza que estão sendo divulgadas atualmente são chocantes, porém não deveriam ser surpreendentes.
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Organizações humanitárias com décadas de experiência na distribuição de assistência em Gaza alertam para essa situação desde que Israel começou a restringir a entrada de ajuda humanitária em quantidades mínimas.
Imagens chocantes de cadáveres, com ossos afiados por baixo da pele tensa, são encontradas em diversas localizações. As fotografias da fome em Gaza são terríveis, impactantes e difíceis de ignorar.
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A principal agência das Nações Unidas para os palestinos afirmou nesta quinta-feira (24) que “as pessoas estão sendo levadas à fome, enquanto, a poucos quilômetros dali, supermercados estão cheios de comida”, destacando o contraste gritante e desconfortável entre a vida em Israel e a luta pela sobrevivência em Gaza.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu revelou, em um podcast canadense, que seu hambúrguer preferido é o Whopper e que ele prefere o Burger King ao McDonald’s.
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Apesar de Netanyahu não ter abordado o tema, a discussão pública sobre fast food por parte do responsável por permitir a entrada de alimentos em Gaza é, no mínimo, inadequada.
A repórter americana do jornal israelense Haaretz notou que Netanyahu “perdeu tempo precioso” falando sobre hambúrgueres “em vez de responder a perguntas legítimas sobre a crise humanitária em Gaza ou os atrasos no acordo de cessar-fogo e libertação de reféns”.
Repercussão internacional
Líderes globais observam as mesmas cenas de fome que o restante do mundo, porém se mostram incapazes de interrompê-las, sem conseguir pressionar Israel a permitir mais assistência ou retornar aos métodos de distribuição coordenados pela ONU, já comprovados e eficazes.
É fato que as condenações estão se tornando mais coletivas e direcionadas. Mais de duas dezenas de ministros das Relações Exteriores europeus criticaram conjuntamente o “fornecimento em conta-gotas de ajuda por Israel e o assassinato desumano de civis”, declarações que o Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou como “desconectada da realidade”.
Mais de 100 organizações humanitárias internacionais alertaram que os bloqueios israelenses à ajuda estão colocando em risco a vida de médicos e trabalhadores humanitários.
Essas são palavras e palavras podem ser ignoradas.
Ao comentar sobre a resposta da União Europeia, o ex-negociador israelense de reféns Gershon Baskin afirmou que ela era “apenas uma folha de papel para o lixo da história – é assim que o Estado de Israel a trata”.
A influência americana
Então, o que poderia reverter o que o secretário-geral da ONU está chamando de “espetáculo de horror”? Em uma palavra: Trump.
O presidente dos EUA criticou publicamente Netanyahu quando Israel lançou ataques com força nas últimas horas antes de um cessar-fogo. Após uma conversa telefônica, Israel retirou-se.
A Casa Branca declarou que Donald Trump não teve uma reação positiva ao ataque contra a única igreja católica em Gaza, e o presidente telefonou a Benjamin Netanyahu, que expressou profundo pesar, classificando o incidente como um erro.
Um diálogo tenso do líder da comunidade ocidental parece ser a forma mais eficaz de influenciar uma mudança na posição de um dirigente que demonstra resistência à crescente crítica global.
A porta-voz da Casa Branca afirmou que Trump “quer que as mortes parem”, mas manifestações visíveis de raiva, frustração ou condenação do presidente dos EUA sobre a crise humanitária em curso têm sido mínimas — ao menos publicamente.
O principal interesse dos Estados Unidos tem sido assegurar um cessar-fogo e um acordo para a libertação de reféns, objetivos que permanecem distantes, apesar das declarações de esperança e otimismo do governo Trump nas últimas semanas.
A suspensão da assistência humanitária.
Líderes árabes condenaram Israel, solicitaram um cessar-fogo imediato e desenvolveram um plano para reconstruir Gaza após a guerra, em oposição ao plano de Trump de deslocar toda a população da Faixa. O secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo descreveu as políticas de Israel, nesta semana, como “o crime do século”.
Israel nega repetidamente as acusações de bloqueio humanitário, afirmando que suas políticas têm como objetivo evitar que o Hamas roube recursos.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou que o país está em conformidade com o direito internacional e que o Hamas é o responsável por tentar prejudicar o processo de assistência.
O COGAT, órgão responsável pela entrada de ajuda em Gaza, afirma que o exército está trabalhando para permitir e facilitar a transferência de ajuda, inclusive alimentos.
Israel também tem se oposto aos pedidos para permitir mais assistência, afirmando que há milhares de pessoas aguardando na fronteira para serem recolhidas por agências humanitárias. A ONU e outras organizações presentes no local argumentam que Israel não concede sempre permissão para deslocar os suprimentos ou aprova rotas consideradas excessivamente perigosas.
Comentários da ala mais direita da coalizão de Netanyahu, sugerindo deixar Gaza passar fome até que os reféns sejam libertados, provocam repulsa generalizada fora de Israel – mas muito menos dentro do país.
Corpos em estado avançado de decomposição.
O ataque violento do Hamas em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de aproximadamente 1.200 israelenses, com 250 reféns levados como prisioneiros, intensificando a percepção dos israelenses em relação aos palestinos. Uma pesquisa recente indica que 71% dos israelenses entrevistados desejam o término do conflito.
Apesar de Netanyahu perder o apoio para prosseguir, não há indícios de que sua coalizão queira flexibilizar as restrições na ajuda a Gaza, onde já morreram cerca de 60 mil pessoas desde o início do conflito. A mídia israelense concentra-se mais na preocupação com os reféns restantes e com os soldados em combate, em detrimento da situação dos palestinos sitiados.
A expectativa atual reside em um cessar-fogo, um acordo que facilite a chegada em grande escala de ajuda humanitária à área devastada.
Com que antecedência as fronteiras se abrirão para a ajuda que salva vidas? E quantos morrerão até lá?
O número de vítimas da desnutrição tem aumentado nos últimos dias, com o diretor do hospital al-Shifa alertando esta semana: “estamos caminhando para números de mortes aterrorizantes”.
Um funcionário da ONU em campo declarou: “As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas — são cadáveres ambulantes”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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