A saída de Antônio Carlos Rodrigues do PL intensifica a crise no relacionamento entre a sigla e o STF
O parlamentar era visto como o único interlocutor do partido com Alexandre de Moraes; o partido procura um substituto para o papel.

A saída recente de Antônio Carlos Rodrigues do Partido Liberal intensificou as dificuldades da legenda em manter contato com o Supremo Tribunal Federal, sobretudo com o ministro Alexandre de Moraes. A crise aberta pela saída do parlamentar se tornou evidente com a decisão de Moraes de determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira 4.
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Antônio Carlos Rodrigues era considerado o principal, se não o único, canal de comunicação entre o PL e Moraes. Além de um aliado político, ele mantinha uma amizade pessoal com o ministro, devido a trajetórias políticas parecidas e a mesma origem em São Paulo, juntamente com o histórico de conversas amigáveis entre ambos.
Rodrigues, contudo, abandonou a sigla na última quinta-feira 31 em razão da decisão de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. O afastamento do parlamentar foi justificado por críticas de Rodrigues a Donald Trump. Na mesma declaração, ele manifestou sua afinidade com Moraes, ao qual qualificou como “um dos maiores juristas do país”. As afirmações que geraram revolta no bolsonarismo foram proferidas para o portal Metrópoles.
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De acordo com Valdemar, a saída de Rodrigues era previsível devido à pressão de parlamentares ligados ao ex-capitão. Fontes próximas ao líder do partido informaram que o dirigente resistiu à medida, justamente por entender a relevância da ligação do deputado com Moraes. Contudo, ele cedeu para atender aos aliados mais próximos do ex-capitão.
O presidente da legenda, em mensagem ao grupo de WhatsApp do Partido Liberal, declarou que a pressão da bancada pela expulsão foi “muito grande” e justificou a medida como necessária diante da “gravidade” das declarações de Rodrigues.
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Nossos parlamentares consideram que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa uma falta de inteligência. Trump é o chefe do país mais poderoso do mundo, e o que precisamos é de diplomacia e diálogo, não de populismo superficial que prejudica o progresso da nossa nação, afirma o texto enviado pelo presidente da sigla. “É preciso acabar com as discussões desnecessárias. Precisamos melhorar o Brasil”, completou Valdemar.
A procura por um substituto
Valdemar procura um novo nome para atuar como mediador junto ao ministro do Supremo. A tarefa, contudo, é complexa: não há, no momento, entre os deputados ou senadores do PL alguém com perfil de conciliação e contato com o STF. Grande parte da bancada seguiu a campanha oportunista conduzida por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sendo um dos responsáveis pela degradação dos relacionamentos com os EUA e pelas sanções contra Moraes.
Adicionalmente, nenhum parlamentar se assemelha à trajetória política de Rodrigues, que demonstrou capacidade de se mover entre distintos posicionamentos ideológicos. Ele exerceu o cargo de ex-ministro dos Transportes no segundo governo Dilma Rousseff (PT). Pertencía ao PL desde 1990.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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