Jovens que se destacam em competições tecnológicas são incentivados a desenvolver projetos com uso contra a Ucrânia.
As autoridades russas estão sistematicamente recrutando e incentivando adolescentes para trabalhar no projeto e nos testes de drones utilizados na guerra contra a Ucrânia. A atividade inicia-se como brincadeira em uma plataforma técnica e educacional, avança para vantagens escolares e convites para competições aos alunos mais habilidosos e culmina com o recrutamento dos jovens por empresas de defesa.
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De acordo com a investigação do veículo de notícias russo The Insider, que foi exilado após ser rotulado pelo Kremlin como “agente estrangeiro”, jovens são introduzidos em uma plataforma chamada Berloga, lançada em 2022, que compreende jogos como “Defesa da Colmeia”, focados na simulação do uso de drones. Alunos russos de destaque recebem créditos adicionais em exames do ensino médio, permitindo que avancem para competições mais complexas.
O projeto se destaca principalmente pelo bônus de 10 pontos adicionais no EGE (Exame Estatal Unificado), exame obrigatório que encerra o ensino médio e determina o acesso às universidades na Rússia, de forma análoga ao Enem no Brasil.
Essas práticas infringem normas internacionais. De acordo com o advogado Sergei Golubok, em entrevista ao jornal russo, “tais ações violam “Fomos proibidos de declarar que era necessário para a guerra, e inventamos aplicações civis. É um programa infantil. Um projeto deve sempre ter um propósito duplo, especialmente quando você é um estudante. É uma regra não escrita que observei em todas as competições”.
Fonte por: Poder 360
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Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.