A Rússia afirma que o Oriente Médio “está mergulhando em um abismo de guerra”

O governo russo declarou estar preocupado com os recentes acontecimentos e manifestou disponibilidade para atuar como mediador.

20/06/2025 17:29

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A Rússia afirma que o Oriente Médio “está mergulhando em um abismo de guerra”
(Imagem de reprodução da internet).

O governo russo alertou nesta sexta-feira (20) que o Oriente Médio estava mergulhando em “um abismo de instabilidade e guerra” e afirmou que Moscou estava preocupada com os acontecimentos recentes.

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Além disso, foi dito que o país estava pronta para mediar.

A Rússia pediu aos EUA que não atacassem o Irã e solicitou que uma solução diplomática fosse encontrada para a crise em torno do programa nuclear de Teerã.

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Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou, em entrevista nesta sexta-feira (20), que os países da região deveriam ter seus próprios limites em relação à situação.

“A região está mergulhando em um abismo de instabilidade e guerra”, afirmou Peskov. “Esta guerra está repleta de (risco de) expansão geográfica e consequências imprevisíveis. Esta região está em nossas fronteiras. É potencialmente perigosa para nós e estamos preocupados.”

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A Rússia não possui fronteira com nenhum país do Oriente Médio, mas a região do Cáucaso do Norte compartilha limites com um conjunto de antigas repúblicas soviéticas que, por sua vez, fazem fronteira com o Irã e a Turquia.

Peskov afirmou que Moscou observou que Israel deseja prosseguir com a ação militar contra o país, mas garantiu que a Rússia mantém linhas de comunicação abertas com Israel, os EUA e o Irã.

O representante do Kremlin declarou que é difícil prever se a proposta de Putin para mediar a crise será aceita ou não, mas reiterou que Moscou está a favor do encerramento dos combates e da transição para a diplomacia o mais rápido possível.

O diretor-chefe de energia nuclear da Rússia, Alexei Likhachev, declarou que a situação na usina nuclear iraniana de Bushehr, onde centenas de especialistas russos atuam, estava “normal” e sob controle.

O exército israelense declarou, em certo momento na quinta-feira (19), que destruíra a instalação, erguida pela Rússia, mas depois admitiu que a informação fora divulgada por engano.

O diretor-executivo da empresa estatal de energia nuclear Rosatom, Likhachev, também declarou na quinta-feira que qualquer ataque a uma usina poderia provocar um desastre nuclear com características semelhantes às do acidente de Chernobyl.

Ele declarou aos repórteres em São Petersburgo: “Nós… esperamos muito que todos os nossos sinais de ontem tenham chegado à liderança israelense.”

O diretor da empresa declarou que a Rússia possui mais de 300 funcionários em Bushehr e uma presença total de aproximadamente 500 pessoas, abrangendo familiares.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.