A Rússia afirma estar em negociações com a Ucrânia buscando assegurar uma “vitória rápida”
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo afirma que as exigências de Moscou visam a destruição do “regime neonazista”.

Negociações de Paz entre Rússia e Ucrânia: Posicionamento de Dmitry Medvedev
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, declarou que o propósito da participação na rodada de negociação de paz com a Ucrânia era assegurar uma “vitória rápida e total” para Moscou. As informações são da agência Reuters.
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“As negociações de Istambul não são para alcançar um acordo de compromisso nos termos delirantes de outra pessoa, mas para assegurar nossa vitória rápida e a destruição completa do regime neonazista”, declarou Medvedev em seu canal do Telegram.
“Dito isso que trata o Memorando Russo publicado ontem”, prosseguiu o vice-presidente do Conselho de Segurança russo ao se referir a um conjunto de exigências apresentadas por Moscou e Ucrânia durante as negociações realizadas em Istambul, na Turquia, na segunda-feira (2.jun.2025).
As condições estabelecidas incluiriam a transferência de mais território, a neutralidade militar da Ucrânia, limitações ao tamanho das Forças Armadas do país e a condução de novas eleições parlamentares e presidenciais.
O encontro entre os países se estendeu por apenas uma hora e ocasionou a troca de prisioneiros de guerra e a morte de 12.000 soldados, porém o esperado acordo de cessar-fogo não progrediu. De acordo com a agência, a Ucrânia e seus aliados estariam exercendo pressão sobre a Rússia para que aceitasse.
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Medvedev afirmou que é “inevitável” uma resposta russa aos ataques ucranianos do fim de semana. No domingo (1.jun), um dia antes do início das negociações, o governo de Kiev destruiu 41 aviões russos em uma ofensiva a 4 bases aéreas russas. “Nosso exército está avançando e continuará avançando. Tudo o que precisa ser explodido será explodido, e aqueles que precisam ser eliminados, serão”, concluiu.
O ataque ucraniano ocorreu a mais de 4.300 km da linha de frente do conflito. A Reuters informou que o planejamento da operação, denominada “Teia de Aranha”, teve início há um ano e meio.
Na ofensiva, a Ucrânia empregou drones FPV (First Person View ou Visão em Primeira Pessoa, em tradução para o português), que foram levados clandestinamente para o território russo em caminhões. Disfarçados no teto de contêineres, os aparelhos foram camuflados com painéis de madeira para evitar detecção.
De acordo com a Agência de Segurança Interna da Ucrânia, a estratégia causou perdas estimadas em aproximadamente US$ 7 bilhões para a aviação estratégica russa.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.