O ministro Flávio Dino manifestou-se, na sexta-feira 8, em resposta a uma comunicação na qual a embaixada dos Estados Unidos afirma estar “monitorando” o trabalho de membros do Supremo Tribunal Federal. O texto divulgado na quinta-feira acusa Alexandre de Moraes de ser “o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores”.
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A embaixada dos EUA em Moraes informou que acompanha de perto a ordem de prisão domiciliar contra o ex-presidente por descumprimento de medidas cautelares. Trata-se da segunda manifestação da representação norte-americana contra o magistrado, que também foi sancionado pelo governo Donald Trump com base na Lei Magnitsky.
O senador Dino afirmou, em publicação nas redes sociais, que a soberania nacional é um requisito para a diplomacia e que não é função de uma embaixada “monitorar” a atuação de qualquer magistrado ou “avisar” o que eles devem fazer.
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O respeito à soberania nacional, a moderação, o bom senso e a boa educação são requisitos fundamentais na diplomacia. Espero que volte a imperar o diálogo e as relações amistosas entre Nações historicamente parceiras nos planos comercial, cultural e institucional, afirmou Dino. “É o melhor para todos.”
A comunicação da embaixada americana gerou uma nova tensão na crise aberta entre os dois países. Anteriormente, o Itamaraty convocou o encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos. O diplomata se reuniu com o secretário interino para Europa e América do Norte, Flávio Goldman, e recebeu manifestações de insatisfação em relação ao conteúdo da publicação.
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Fonte por: Carta Capital
