A partir de janeiro de 2026, terá início o período de transição da Reforma Tributária, que unificará tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Dados da Systax indicam que mais de 60% das empresas consideram que serão afetadas pelas novas normas.
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Para Thaís Borges, diretora comercial da Systax, o tempo é limitado e demanda grande organização. Ela adverte que a adequação exigirá sistemas que integrem normas obsoletas e recentes, além de alterações estruturais no ERP e revisão de procedimentos internos. A executiva enfatiza que a carência de preparação pode afetar a competitividade e as margens de lucro.
Impactos além da tributação.
As alterações não se restringem à carga tributária ou à precificação. Ajustes contratuais, cálculos fiscais, rotinas operacionais e logística também serão impactados. Thaís destaca pontos críticos como a nova forma de tributação no destino, a eliminação da diferenciação entre produtos e serviços e o impacto no orçamento dos próximos anos.
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Ações recomendadas para adaptação
A especialista enumera cinco ações que as empresas podem implementar sem demora:
Analisar os impactos na cadeia de valor – Mapear desde a formação de preços até contratos em vigor para identificar pontos críticos e implementar soluções no prazo adequado.
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Planejar a transformação de sistemas – Ajustar sistemas ERPs e ferramentas de gestão para atender a cálculos e obrigações fiscais de acordo com as novas normas.
Reorganizar os processos internos – Unir setores como fiscal, jurídico e TI, estabelecendo padrões nos procedimentos.
Capacitar os colaboradores, oferecendo treinamento para gerenciar novas normas e tecnologias, fomentando uma cultura de atualização constante.
Prever alterações contratuais e logísticas – Reavaliar cláusulas e examinar operações para prevenir efeitos no desempenho.
Thaís ressalta que a Reforma Tributária também representa uma oportunidade para modernizar processos, otimizar custos e fortalecer estratégias empresariais. Quanto antes a preparação começar, maiores serão as chances de transformar a mudança fiscal em vantagem competitiva.
Fonte por: Carta Capital