As opções da equipe econômica para o impasse do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) devem aumentar a arrecadação bruta (sem excluir repasses) em R$ 44,2 bilhões em 2026, conforme projeções da Warren Investimentos. A Receita Federal estima que o que restou do decreto do tributo financeiro terá impacto anual de aproximadamente R$ 12 bilhões. Dessa forma, a arrecadação bruta poderá alcançar R$ 56 bilhões.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou uma série de medidas aos congressistas na noite de domingo (8.jun.2025) com concessões parciais em relação ao decreto do IOF. Serão mantidos, por exemplo, a incidência do imposto na Previdência privada e no risco sacado – mas em um patamar reduzido.
Haddad afirmou que as alterações devem reduzir a expectativa de arrecadação extra com IOF em 1/3 (o total dividido por três). A equipe econômica previa aproximadamente R$ 38 bilhões em 2026. a nova estimativa se aproxima de R$ 12 bilhões.
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A Warren afirma que a revisão de incentivos fiscais representará a maior fonte de recursos financeiros para o governo, gerando R$ 28,6 bilhões em receita até 2026.
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O aumento da cobrança de 12% para 18% em apostas esportivas geraria um impacto positivo de R$ 8,6 bilhões. As demais medidas apresentam os seguintes impactos projetados:
De R$ 44,2 bilhões, estimados, R$ 29,6 bilhões seriam destinados à União. O restante contemplaria os repasses aos estados e municípios.
A empresa, em nota à imprensa, reiterou que os cálculos são estimativas. É provável que sejam distintos do que a Fazenda divulgará posteriormente. A casa de investimentos afirmou que as projeções foram elaboradas “decorrendo-se de certas suposições, adotadas em razão de falta de maiores informações”.
A Power360 elaborou uma reportagem que detalha as mudanças decorrentes das medidas apresentadas pelo governo. Consulte o resumo no infográfico abaixo.
O IOF enfrenta dificuldades persistentes, gerando debates e questionamentos sobre sua eficácia e impacto na economia.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras com o objetivo de obter R$ 41 bilhões em 2026, medida considerada prejudicial por vários grupos políticos e econômicos.
A reação negativa ao aumento do IOF fez Haddad negociar alternativas com o Congresso. Na prática, se a proposta fosse rejeitada, o governo teria que congelar ainda mais recursos públicos. Isso foi apresentado aos parlamentares como uma necessidade de apresentar novas medidas fiscais.
A elevação de tributos ocorrerá por meio de medida provisória, projeto de lei complementar ou PEC (Proposta de Emenda à Constituição). Todos os mecanismos necessitam de aprovação do Congresso.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na segunda-feira (9.jun) que o Congresso não demonstra “compromisso” em aprovar a medida provisória com as alternativas.
Não há do Congresso o compromisso de aprovar essas medidas que vêm na MP. A medida provisória será enviada apenas para que, do ponto de vista contábil, não se tenha que aumentar o contingenciamento que já está sendo feito, declarou em evento do jornal Valor Econômico em São Paulo.
Conheça a diferença:
Fonte por: Poder 360
