A empresa informou que as vendas não realizadas representaram R$ 310 milhões, correspondendo a aproximadamente 1.300 unidades.
A MRV&Co obteve vendas líquidas de R$ 2,69 bilhões na segunda trimestre, representando um crescimento de 5,8% em relação ao ano anterior, devido ao atraso no repasse de recursos de programas habitacionais regionais para a construtora, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira (14).
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As vendas não repassadas, conforme divulgado pelo grupo, totalizaram R$ 310 milhões, aproximadamente 1,3 mil unidades. O diretor financeiro da MRV&Co, Ricardo Paixão, informou que mais de metade se refere a vendas ocorridas no segundo trimestre, enquanto o restante corresponde a unidades anteriores com o processo de repasse ainda pendente.
Ele informou à Reuters, em entrevista na segunda-feira, que a equipe solucionou aproximadamente 700 unidades e outras foram vendidas, o que gerou um impacto.
As unidades registraram um volume de vendas totais de R$ 3,45 bilhões para a incorporação, com expansão de 54,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando um lançamento de R$ 6,34 bilhões no primeiro semestre.
A MRV&Co projetou, para o ano corrente, receitas de R$ 11 bilhões provenientes de lançamentos neste segmento.
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“Precisamos de mais recursos para lançar, se necessário, caso o mercado continue demandando. E, se as vendas, por algum motivo, também caírem de desempenho, não seremos obrigados a lançar tudo”, acrescentou Paixão.
O executivo destacou, contudo, que os trimestres segundo e terceiro costumam ser mais robustos em lançamentos.
A MRV&Co também obteve, em sua trajetória, uma geração de caixa de R$ 136,4 milhões, ao passo que, em incorporação, houve um consumo de caixa ajustado de R$ 33,68 milhões, influenciado pela restrição nos repasses dos programas regionais e alterações no critério de repasses pela Caixa.
A Resia, operação do grupo nos Estados Unidos, registrou uma geração de caixa de US$ 39,3 milhões no segundo trimestre, em comparação com um consumo de US$ 65,9 milhões no mesmo período de 2024.
A empresa comunicou na sexta-feira uma perda contábil de 144 milhões de dólares decorrente da venda de ativos da Resia, que será incorporada ao resultado do segundo trimestre, ao mesmo tempo em que revisou a projeção de geração de caixa para a unidade, elevando-a de 270 milhões de dólares para 2025 para 493 milhões de dólares até o final de 2026.
“Foi importante ter uma ancoragem (das expectativas do mercado)… havia investidores que imaginavam ter uma perda muito menor e investidores que imaginavam uma perda muito maior do que efetivamente ocorreria”, declarou o diretor financeiro do grupo.
Após reunião com analistas na semana passada, após a divulgação de novas estimativas para a Resia, executivos da MRV&Co não esperam quaisquer novos “passivos contingentes” nos próximos meses.
Fonte por: CNN Brasil
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.