Os advogados de Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi e Paulo Amador Cunha Bueno, receberam com alívio a primeira parte do voto do ministro Luiz Fux, durante o julgamento da trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira 10.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Após a atitude de Fux, que se opôs à situação, e ao votar pela admissão das três questões preliminares apresentadas pelas defesas dos réus, Cunha Bueno afirmou ter sua consciência tranquila.
O ministro admitiu a possibilidade de ter ocorrido cerceamento de defesa no caso e argumentou, nesta primeira fase da sessão, pela nulidade do processo devido à incompetência da corte para julgar a organização criminosa liderada pelo ex-presidente. Ele rejeitou, contudo, o pedido de anulação do atraso de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
LEIA TAMBÉM!
Marco Fux vota a favor da incompetência do STF para julgar a trama golpista
Barros menciona a ‘tsunami de dados’ e reafirma o pedido de nulidade do processo envolvendo a trama investigada
Fux compara o período de 8 de janeiro a junho de 2013 e afirma que não existe golpe sem a deposição de um governo
A breve manifestação dos advogados do ex-capitão ocorreu durante a suspensão de dez minutos da sessão de quarta-feira. Anteriormente, o ministro se opôs à alegação presente na denúncia de que o núcleo central da trama era uma organização criminosa.
A defesa de Bolsonaro indica que o ministro deverá, ao final do seu voto, decidir pela absolvição do ex-presidente e demais réus.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fux, ainda na manhã, também sinalizou que deve votar contra o entendimento de Moraes — acompanhado por Flávio Dino — sobre a imputação conjunta por golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, defendida pela Procuradoria-Geral da República.
O ministro ainda não concluiu a leitura do voto.
Fonte por: Carta Capital