“A razão por trás da Casa Branca é política”, afirma Lula no NYT em relação ao aumento tarifário
O presidente brasileiro declarou ainda ter orgulho da decisão do STF sobre o julgamento de Bolsonaro, que é falsa a noção de que o processo constitui um…

O presidente Lula afirmou, em artigo publicado neste domingo (14), no jornal americano The New York Times, que “Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos”.
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Lula explica que escreveu o ensaio para promover um diálogo aberto e direto com o presidente dos Estados Unidos. O presidente brasileiro declarou que não existem justificativas técnicas para as sanções impostas ao Brasil pelo governo americano. De acordo com o mandatário, a motivação da Casa Branca é política.
A relação entre Brasil e Estados Unidos se intensificou após Donald Trump criticar publicamente o STF (Supremo Tribunal Federal), considerando-o que realiza “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Seguiu-se o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil e a imposição de sanções a ministros do STF, como Alexandre de Moraes, e ao governo, como Alexandre Padilha, da Saúde.
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Apoadores do ex-presidente brasileiro e um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apresentaram como condição para a aprovação do projeto de anistia no Congresso Nacional.
Lula argumenta, portanto, que a motivação da Casa Branca é política.
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A ausência de racionalidade econômica por trás dessas ações demonstra que a motivação da Casa Branca é política. (…) O governo dos EUA está utilizando tarifas e a Lei Magnitsky com o objetivo de garantir impunidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apenas alguns dias após a decisão da Suprema Corte que condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, Lula rebate o presidente dos Estados Unidos, afirmando que “não se tratou de uma caça às bruxas” e que tem “orgulho” do STF por sua “decisão histórica”.
O julgamento ocorreu em virtude de um processo conduzido em conformidade com a Constituição de 1988, elaborada após duas décadas de resistência a uma ditadura militar. Foram seguidos meses de investigações que revelaram planos para assassinar-me, ao vice-presidente e a um juiz do Supremo Tribunal Federal. As autoridades também identificaram um projeto de decreto que teria invalidado os resultados das eleições de 2022.
Lula, por sua vez, rebateu a acusação dos Estados Unidos de que o sistema judiciário brasileiro ataca e censura empresas de tecnologia, sustentando que, no Brasil, “todas as plataformas digitais, sejam nacionais ou estrangeiras, estão sujeitas às mesmas leis”.
O presidente americano, Lula, acredita que “não existem divergências ideológicas que impeçam dois governos de colaborarem em áreas com objetivos compartilhados”.
“No entanto, ressalta que a democracia e a soberania do Brasil não estão em discussão”, adiciona.
Em seu discurso final, o presidente do Brasil recordou uma declaração feita por Trump em 2017, durante a Assembleia Geral da ONU, na qual o então presidente afirmou que “nações soberanas fortes possibilitam que diversos países com diferentes valores, diferentes culturas e diferentes sonhos não apenas coexistam, mas trabalhem em conjunto com base no respeito mútuo”.
Assim que vislumbro a relação entre Brasil e Estados Unidos: duas grandes nações aptas a se respeitarem e cooperarem em benefício de brasileiros e americanos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.