A queda do governo francês é possível após votação; quais os próximos passos?

A segunda opinião indica que o país enfrentará um período de instabilidade política, conforme o resultado das votações no Parlamento.

07/09/2025 8:07

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A queda do governo francês é possível após votação; quais os próximos passos?
(Imagem de reprodução da internet).

O governo francês, liderado pelo primeiro-ministro François Bayrou, encontra-se à beira do colapso, uma vez que o chefe de governo enfrentará um voto de desconfiança na segunda-feira (8).

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Bayrou convocou a votação para tentar aprovar planos impopulares relacionados ao Orçamento em 2026, e partidos de oposição afirmaram que votarão contra ele.

Contudo, o país parece destinado a vivenciar um período de instabilidade política, afirmou um analista à Reuters.

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O presidente Emmanuel Macron rejeitou, até o momento, a possibilidade de eleições antecipadas se Bayrou perder, o que provavelmente o levará a nomear uma nova primeira-ministra – possivelmente de centro-esquerda, após suas últimas quatro escolhas de centro-direita não terem conseguido lidar com um Parlamento fragmentado.

O professor de ciência política Kevin Arceneaux declarou à Reuters que é difícil imaginar como um novo premiê poderia encontrar apoio suficiente para aprovar um Orçamento.

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As pesquisas indicam que não é provável que as próximas eleições modifiquem a distribuição das cadeiras na Assembleia Nacional Francesa e resultem em uma maioria definida para qualquer partido político.

A principal divergência reside na escassa concordância entre os partidos quanto à forma de diminuir a dívida da França, que atingiu 113,9% do PIB, e um déficit que se aproximou quase do dobro do limite de 3% da União Europeia no ano anterior.

Arceneaux explicou que as forças de centro direita buscam isso diminuindo os gastos, principalmente com serviços sociais, enquanto os da esquerda defendem que se faça por meio do aumento de impostos sobre os mais ricos, e essas duas abordagens são incompatíveis.

O especialista destacou que não deve haver uma solução imediata após a votação. Contudo, o cenário ideal seria que um novo primeiro-ministro “asseguras a elaboração de um orçamento que seja aprovado e satisfaça os investidores financeiros”.

Mesmo assim, “estaremos na reta final”, acrescentou Arceneaux.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.