A Procuradoria-Geral da República avaliou que o discurso de 8 de janeiro promoveu a radicalização do discurso de Jair Bolsonaro
O parecer da Procuradoria-Geral da República considera o ex-presidente como líder de organização criminosa que promoveu tentativa de golpe de Estado apó…
A acusação da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, que envolve a organização de uma tentativa de golpe de Estado, destaca que os atos de 8 de janeiro de 2023 foram motivados pelo discurso de radicalização do ex-mandatário.
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O líder exaltado pelos manifestantes era JAIR BOLSONARO e a pauta defendida era resultado de seu insistente e reiterado discurso de radicalização, baseado em fantasias sobre fraudes do sistema eletrônico de votação e em injustas descrenças na lisura dos poderes constitucionais, exatamente nos mesmos moldes da narrativa construída e propagada pela organização criminosa.
De acordo com Gonet, o dia 8 de janeiro tornou-se uma opção preferida pelos réus após o insucesso em persuadir as autoridades das Forças Armadas a apoiar um plano de golpe.
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A meta de 8.1.2023 não foi o foco inicial do grupo, contudo, passou a ser almejada e promovida, sendo a última alternativa viável.
O procurador-geral considerava o desenrolar violento das manifestações — que resultaram na invasão da sede dos Três Poderes, em Brasília — como inevitável, mantendo-se “em suporte moral e material aos manifestantes”.
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A Procuradoria-Geral da República afirma que devem ser descartadas as contribuições da organização criminosa e o número 8.1.2023 não deveria ter sido considerado.
Ademais, conforme o documento, a investigação comprovou contribuições e interlocuções diretas entre réus e manifestantes. Tal conjunto probatório vincula “subjetivamente os acusados à cadeia causal dos atos de 8.1.2023”, afirma Gonet.
As ações e omissões intencionais resultaram no desfecho catastrófico.
id=”Solicitação-de-condenação”>Solicitação de condenação
Na segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República solicitou a condenação de Jair Bolsonaro e outros sete réus pela organização de uma tentativa de golpe de Estado no contexto das eleições de 2022, quando foi eleito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento assinado por Paulo Gonet, apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, são alegações finais na ação penal contra o “núcleo 1” da trama golpista.
Além de Bolsonaro, na avaliação de Gonet, deverão ser condenados os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
Por Renata Souza, com informações de Luisa Martins, Gabriela Boechat e Davi Vittorazzi
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.
