O procurador-geral da República, Paulo Gonet, em um pedido de 517 páginas, detalha a atuação do que ele considera uma organização criminosa com o objetivo de condenar os réus do processo penal que apura uma tentativa de golpe de Estado.
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O grupo Gonet se organizou para um projeto autoritário de poder visando a permanência de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.
A ação progressiva e coordenada descrita, executada com divisão de tarefas entre julho de 2021 e janeiro de 2023 e abundantemente comprovada nos autos, consolida a organização criminosa que se uniu, de forma estável e permanente, em torno de um objetivo comum – um projeto autoritário de poder, violentamente transgressor dos limites estabelecidos pela Constituição, aponta.
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A PGR afirma que os fatos não deixam dúvidas de que a organização, com raízes na própria estrutura do Estado e forte influência de setores militares, se desenvolveu em ordem hierárquica e com a divisão das tarefas entre seus integrantes.
Em relação aos réus acusados nestes autos – integrantes do alto escalão do Governo Federal e das Forças Armadas –, comprovou-se que formaram o núcleo crucial da organização criminosa, mesmo que tenham aderido ao grupo em momentos distintos. Deles partiram as principais decisões e ações de impacto social que foram narradas na denúncia.
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A PGR aponta que o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, “embora com menor autonomia decisória”, também fazia parte desse núcleo, atuando como porta-voz do então presidente Jair Bolsonaro, e transmitindo orientações aos demais membros do grupo.
id=”Alegações_finais”>Alegações finais
A Procuradoria-Geral da República apresentou seu pedido de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por organizar uma tentativa de golpe de Estado, quase na virada da noite para terça-feira (15).
O procurador-geral da República apresentou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, as alegações finais na ação penal contra o “núcleo 1” da trama golpista, que compreende os líderes do esquema.
Na avaliação de Gonet, além de Bolsonaro, devem ser condenados os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, cada um com suas respectivas qualificações.
A CNN buscou a defesa dos réus e aguarda resposta. O espaço permanece aberto.
Por Elijonas Maia, com informações de Luísa Martins.
Fonte por: CNN Brasil
