A procuradora-geral da República informou que existem evidências de que um esboço do plano do golpe foi apresentado ao Comando do Exército
Ministério Público aponta reuniões, documentos e mensagens para persuadir militares a participarem do suposto plano de golpe de Estado.

A PGR alegou, em alegações finais apresentadas na segunda-feira (14) ao STF, que existem evidências de que a minuta de decreto golpista foi entregue pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Alto Comando do Exército, como parte do plano de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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A Procuradoria-Geral da República afirma que foi determinada a convocação do Alto Comando do Exército para apresentar, pelo Presidente da República, medidas de exceção que impediriam a posse do novo governo eleito.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que existem registros de entradas no Palácio da Alvorada, minutas apreendidas, depoimentos e conversas do WhatsApp que comprovam as reuniões de apresentação do decreto golpista aos militares.
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A Procuradoria-Geral da República complementa com depoimentos, registros de entrada no Palácio da Alvorada, minutas apreendidas nos acusados e conversas de WhatsApp sobre as reuniões de apresentação do decreto golpista.
O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. As alegações finais se referem à ação penal contra o “núcleo 1” da trama golpista, que abrange os líderes do esquema.
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A procuradora-geral da República solicita a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por organizar uma tentativa de golpe de Estado.
O Ministério Público Federal aponta que mensagens trocadas entre os envolvidos demonstram a ocorrência, em 28 de novembro de 2022, de uma reunião com militares formados em Forças Especiais. O propósito era delinear estratégias para persuadir o Alto Comando a apoiar o plano golpista.
Diálogos de WhatsApp confirmam a realização de reunião, em 28.11.2022, entre militares com formação em Forças Especiais, para definir estratégias de convencimento do Alto Comando do Exército sobre a importância das medidas golpistas. A pauta da reunião foi documentada expressamente por mensagem.
Conforme a PGR, ficaram comprovados comandos explícitos, também registrados no aplicativo WhatsApp, de ataques virtuais aos militares que se opuseram ao plano golpista.
Em relação ao plano “Punhal Verde e Amarelo”, que visava “neutralizar” autoridades públicas, Gonet destaca que o documento foi impresso nas dependências do Palácio da Alvorada (residência oficial da presidência da República) e não foi executado por falta de apoio do Alto Comando do Exército.
Toda a ação progressiva realizada, com divisão de tarefas, entre julho de 2021 e janeiro de 2023, e abundantemente comprovada nos autos, consolida a organização criminosa que se uniu, de forma estável e permanente, em torno de um objetivo comum – um projeto autoritário de poder, violentamente transgressor dos limites estabelecidos pela Constituição, escreve Gonet.
Além de Bolsonaro, o documento também solicita a condenação dos ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira; do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, cada um com suas respectivas qualificações.
A CNN buscou a defesa dos réus e aguarda resposta. O espaço permanece aberto.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.