A primeira vacina brasileira contra a gripe aviária iniciará a fase de testes

Um ensaio clínico está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan; a imunização será testada em aproximadamente 700 voluntários.

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(Imagem de reprodução da internet).

O que é a gripe aviária?

A influenza aviária, ou gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que, normalmente, afeta aves domésticas e silvestres, causando problemas respiratórios nelas.

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Eventualmente, a doença também pode afetar mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos, além do ser humano, segundo o Ministério da Saúde.

A infecção em humanos acontece através do contato com aves doentes ou superfícies contaminadas com secreções, fezes ou saliva desses animais.

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Em humanos, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe comum, e o tratamento de pacientes com gripe aviária é realizado com medicamentos antivirais comuns.

Pessoas com sistema imunológico enfraquecido, idosos e indivíduos com doenças cardíacas ou pulmonares crônicas são considerados grupos de risco, podendo apresentar sintomas mais intensos.

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A taxa de mortalidade é de aproximadamente 60% para humanos infectados, segundo a Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

A forma mais comum e letal do vírus da gripe aviária é conhecida como Influenza A (H5N1) ou simplesmente vírus H5N1. No entanto, existem diversas cepas diferentes de gripe aviária: 16 subtipos H e 9 subtipos N. Apenas aqueles marcados como H5, H7 e H10 causaram mortes em humanos.

Informações da Anvisa indicam que, no período de 2003 a 2024, houve 954 casos humanos de infecção em 24 países, resultando em 464 óbitos – uma taxa de letalidade de 48,6%, consideravelmente superior à observada na pandemia de Covid-19, que foi de menos de 1%.

A Anvisa autorizou, nesta terça-feira (1º), o início dos testes clínicos da primeira vacina brasileira contra a gripe aviária em humanos. A pesquisa tem sido desenvolvida pelo Instituto Butantan.

O ensaio clínico visa avaliar a segurança e a capacidade da vacina de provocar uma resposta imunológica. A vacina será testada em aproximadamente 700 voluntários, abrangendo adultos e idosos, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo.

Os participantes receberão duas doses da vacina ou do placebo, com um intervalo de 21 dias entre as aplicações. Apenas 1 em cada 7 pessoas receberá o placebo. Durante os sete meses seguintes, os participantes serão acompanhados por meio de visitas e exames para avaliar a segurança e a eficácia imunológica do imunizante.

De acordo com a Agência, os testes envolverão também uma fase inicial com exames bioquímicos, hematológicos e sorológicos, além da análise da imunidade celular da vacinação.

Sob supervisão de Assistente de Reabilitação.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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