A prática de atividades ao ar livre contribui para a prevenção de miopia
Doença afeta 7,6% de crianças e adolescentes no Brasil.

A prática de atividades ao ar livre pode auxiliar na prevenção do desenvolvimento da miopia nos primeiros anos de vida. O desafio reside em evitar que esse hábito seja perdido com o avanço da urbanização e o uso precoce de telas na infância, levando à diminuição do tempo que crianças e adolescentes passam ao ar livre.
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As conclusões fazem parte da publicação CBO Miopia, de autoria do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que traça um panorama da doença no país. O documento será lançado formalmente na próxima sexta-feira (29) durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Curitiba (PR).
Números
A miopia afeta, no momento, 7,6% de crianças e adolescentes brasileiros na faixa etária entre 3 e 18 anos. Estudos publicados indicam, contudo, diferenças significativas: em comunidades quilombolas rurais, a incidência da doença é de 1,06%, enquanto, em áreas urbanas, atinge 20,4%.
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Apesar das disparidades, o CBO ressalta que a mídia brasileira se assemelha àquela registrada na América Latina, com uma taxa de 8,61%, e permanece distante, por exemplo, da situação asiática, onde pesquisas recentes indicam 87,7% de incidência na China; 69% na Coreia do Sul; e 66% em Singapura.
Fatores de risco
A miopia decorre de uma mistura de elementos genéticos e ambientais. Filhos de indivíduos miopes apresentam até cinco vezes mais probabilidade de desenvolver a condição. Adicionalmente, práticas como leitura intensa em locais fechados e a falta de exposição ao ar livre podem estar relacionadas ao progresso da doença.
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Pesquisas recentes indicam, contudo, que a exposição solar exerce efeito protetor contra a doença: 40 minutos diários de atividades ao ar livre diminuem consideravelmente o risco de miopia.
COVID-19
A redução do tempo de exposição ao sol e de atividades ao ar livre, como evidenciado pela pandemia de Covid-19, resultou em um aumento de 44% para 55% na prevalência de miopia em Hong Kong, em um período de um ano, conforme dados do CBO.
A miopia em crianças e adolescentes acarreta consequências mais graves. A falta de diagnóstico ou tratamento pode prejudicar o rendimento escolar e o desenvolvimento cognitivo, conforme alerta o CBO.
Custos
Outro desafio apresentado na publicação é o envelhecimento da população miópica, o que tende a aumentar os custos para o sistema de saúde. Isso ocorre devido ao aumento de graus elevados da doença, que elevam as chances de complicações classificadas pelo CBO como complexas e onerosas.
Assim, especialistas defendem políticas públicas que incluam triagem visual em escolas, campanhas educativas sobre atividades externas desde a infância e orientações claras às famílias sobre a importância das consultas oftalmológicas regulares, ressaltou o conselho.
A jornalista acompanhou a solicitação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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