A polícia húngara proibiu a Marcha do Orgulho LGBTQIA+ em Budapeste
A administração anunciou a proibição em comunicado, contudo, o prefeito afirmou que o evento é de caráter municipal.

A polícia da Hungria anunciou, na quinta-feira (19), a proibição da Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Budapeste, prevista para o dia 28 de junho.
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O parlamento húngaro, onde o partido de direita Fidesz, liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, detém a maioria, aprovou em março uma lei que estabeleceu uma base legal para a polícia restringir marchas LGBTQIA+, justificando a medida como proteção de crianças.
O prefeito de Budapeste, Gergely Karacsony, buscou contornar a lei ao anunciar, na segunda-feira (16), que a marcha do orgulho da cidade seria um evento exclusivo do município, “não sendo necessárias autorizações das autoridades”.
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A Polícia Metropolitana, contudo, declarou que a legislação se aplicava à festividade organizada pelo prefeito e a proibiu.
A proibição não tem relevância, uma vez que as autoridades não foram oficialmente informadas sobre os planos para o evento, conforme declarado por Karacsony em sua publicação no Facebook.
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A Prefeitura Metropolitana promoverá a Celebração da Liberdade do Orgulho de Budapeste em 28 de junho, o dia da liberdade húngara, como um evento municipal, declarou o prefeito.
Milhares de pessoas estão previstas para comparecer no dia.
Em 2026, o primeiro-ministro Orbán enfrenta um pleito difícil, com o aumento do partido de oposição configurando um risco ao seu governo.
O governo adota uma agenda cristã conservadora e uma campanha intensa contra a comunidade LGBTQIA+ visando atender os eleitores do Fidesz, que residem majoritariamente em áreas rurais.
Orban declarou em fevereiro que os organizadores não deveriam sequer tentar organizar a Parada do Orgulho em Budapeste naquele ano.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.