Cantor usa redes sociais para criticar operação policial em sua residência: “sou filho do Marcinho VP”.
O rapper Oruam será indiciado por ligação com o Comando Vermelho (CV). A decisão da polícia ocorre após ele impedir o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na noite da última segunda-feira 21.
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Oruam denunciou, nas redes sociais, um cerco policial em sua residência no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que provocou confronto com agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
O incidente teve grande repercussão após o próprio artista transmitir ao vivo os momentos em que os policiais chegaram à sua residência. Por volta das 23h, Oruam publicou mensagens solicitando auxílio: “Quem estiver de moto aparece no João. Me ajuda. Eles estão na minha porta desde as 11 da noite”.
Na operação policial, o rapper filmou o instante em que ele e outros indivíduos atiravam pedras contra os agentes. As imagens mostram o estado de excitação do artista, que inclusive gravou o delegado Moyses Santana, responsável pela operação.
Existem mais de 20 carros na minha residência. O mesmo delegado que me prendeu. Estava saindo e colocaram a arma em minha direção. É evidente que ele quer prender-nos porque somos filho de criminosos, afirmou o artista.
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A informação refere-se ao seu pai, Márcio Nepomuceno dos Santos, também conhecido como Marcinho VP, uma figura importante na estrutura do Comando Vermelho.
Após o confronto inicial, Oruam conseguiu deixar o local e se dirigiu ao Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade. De lá, continuou postando nas redes sociais, desta vez desafiando abertamente as autoridades: “Até agora não sei o que está acontecendo”, escreveu, antes de afirmar ser “filho do Marcinho” e provocar a polícia a prendê-lo no conjunto de favelas.
A Polícia Civil informou que uma pessoa foi presa por desacato no incidente. O rapper detalhou que os agentes compareceram ao local em mais de 20 viaturas e que ele arremessou pedras contra as equipes da DRE.
A polícia também informou que os agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes foram até a residência do cantor após receberem informações sobre a presença de um adolescente que atuaria como segurança de Edgar Alves de Andrade, também conhecido como Doca, um dos líderes do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
Curi afirmou que se dissiparam as dúvidas sobre o Oruam ser um artista marginal, confirmando que ele é um criminoso ligado ao Comando Vermelho, facção que seu pai, Marcinho VP, controla de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal.
Não é o primeiro incidente envolvendo Oruam e as autoridades policiais. Em fevereiro deste ano, o artista foi preso em flagrante por manter sob sua posse um indivíduo foragido da Justiça.
A polícia buscava o rapper, porém encontrou o traficante Yuri Pereira Gonçalves, suspeito de ligação com organização criminosa.
O cantor foi detido na orla da Barra da Tijuca sob a acusação de direção perigosa. O incidente ocorreu após ele realizar um “cavalo-de-pau” em frente a uma viatura da Polícia Militar, fazendo o veículo parar na contramão. Na ocasião, Oruem pagou uma fiança de 60 mil reais e foi liberado.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.