O Ministério Público Federal, liderado pelo procurador-geral Paulo Gonet, intensificou as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete envolvidos no processo do julgamento do mensalão, que teve seu início na terça-feira, 2, pelo Supremo Tribunal Federal.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A defesa oral em favor da denúncia apresentada à Corte ocorreu logo após o ministro Alexandre de Moraes ler o relatório do caso. Em uma extensa argumentação, Gonet analisou as 45 páginas e recordou o papel de cada um dos acusados na trama golpista. Ele mencionou, na sustentação, trechos que comprovam o envolvimento de Bolsonaro na empreitada.
Para o Procurador-Geral da República, os oito réus, incluindo o ex-presidente, “colaboraram, na parte em que lhes coube, em cada etapa do processo de tentativa de golpe”.
LEIA TAMBÉM!
O Supremo Tribunal Federal julga na terça-feira Bolsonaro e os demais integrantes do denominado núcleo crucial da trama golpista.
Contra ele são considerados cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Alexandre Ramagem (PL-RJ) será julgado parcialmente, por estar atualmente no cargo de deputado federal, ficando suspensas algumas acusações até o fim do mandato.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Não há expectativa de que o julgamento seja concluído nesta terça-feira. Na primeira etapa, finalizada no final da manhã, se pronunciaram apenas o relator e a acusação. As defesas dos oito réus devem iniciar suas alegações nesta tarde. Em seguida, cada ministro apresentará seu voto. Para tanto, foram designadas outras quatro datas pelo STF para análise do caso. A última sessão está prevista para o dia 12 de setembro.
A CartaCapital transmite todas as sessões ao vivo.
Fonte por: Carta Capital
