A Polícia Federal instaurou operação na terça-feira, 29, para investigar suspeitas de fraude no emprego de recursos públicos destinados à promoção de competições de e-sports no Distrito Federal e no Espírito Santo. O caso envolve cerca de 15 milhões de reais repassados à Associação Moriá, por meio de termos de fomento estabelecidos com o Ministério do Esporte e financiados por emendas parlamentares.
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As investigações indicam que mais de 81% do orçamento – cerca de 13,2 milhões de reais – teriam sido desviados. O valor, que deveria custear atividades de jogos estudantis de games entre 2023 e 2024, foi direcionado de maneira irregular, por meio de empresas de fachada e falsificação de orçamentos. A Polícia Federal aponta que não há parlamentares como alvo da operação.
A operação, autorizada pelo ministro Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF), denominada Operação Korban, envolveu agentes em quatro estados e no Distrito Federal. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Goiás, Paraná, Acre e na capital federal. Além disso, foram bloqueados bens e contas bancárias de empresas vinculadas ao esquema, totalizando cerca de 25 milhões de reais em valores e imóveis.
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A decisão do STF inclui a suspensão de novos repasses federais e a proibição de transferências financeiras para empresas terceirizadas. A Polícia Federal, em colaboração com a Controladoria-Geral da União, acompanha o destino dos recursos.
Os investigadores indicam que as fraudes se concentravam na execução dos contratos, com diversas empresas contratadas não possuindo estrutura ou sequer existindo realmente. O objetivo atual é identificar toda a rede de beneficiários do esquema e determinar a extensão do prejuízo causado aos recursos públicos.
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A Associação Moriá ainda não se manifestou sobre a operação.
Fonte por: Carta Capital