O secretário-geral da ONU, António Guterres, defende uma transição justa e ressalta a importância do Brasil na sede da COP30.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou nesta terça-feira (22) que “a era dos combustíveis fósseis está caminhando para o fracasso” e que o mundo já vive “uma nova era energética: limpa, barata e abundante”.
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A declaração foi proferida durante o lançamento do relatório Um Momento de Oportunidade: Turbinando a Era da Energia Limpa, na sede da ONU, em Nova York – evento que reuniu o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
De acordo com Guterres, o desenvolvimento das energias renováveis representa uma mudança de perspectivas, com efeitos positivos para o clima, a economia e a vida das pessoas. Essa transformação é, fundamentalmente, sobre segurança energética, segurança das pessoas e sobre economia inteligente, empregos dignos, saúde pública, avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e acesso universal à energia limpa e acessível.
Um relatório divulgado pela ONU, FMI, Agência Internacional de Energia, IRENA, OCDE e Banco Mundial indica que mais de 90% dos projetos renováveis instalados em 2024 produziram eletricidade a um custo inferior ao da fonte fóssil mais acessível. Isso possibilitou a economia de US$ 467 bilhões em combustíveis fósseis apenas no ano anterior.
Segundo Guterres, a transição energética não é mais apenas um objetivo do futuro: “O futuro da energia limpa já não é mais uma promessa — é um fato. As fontes renováveis já estão praticamente empatadas com os combustíveis fósseis em termos de capacidade de geração instalada no planeta. E isso é só o começo.”
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De acordo com o que foi já divulgado pela CNN, o Brasil se destaca como um dos países com as energias renováveis mais acessíveis globalmente. O custo da energia eólica em terra firme no país foi de US$ 0,030 por kWh em 2024, enquanto a média mundial ficou em US$ 0,034. No caso da solar, o Brasil apresentou um custo médio de US$ 0,036, inferior aos US$ 0,049 observados no restante do mundo.
Durante o evento, Guterres solicitou maior ambição dos países do G20 – responsáveis por 80% das emissões globais – e defendeu uma transição justa que priorize o financiamento aos países em desenvolvimento. “Nenhum governo, nenhuma indústria, nenhum interesse especial pode impedir essa mudança”, afirmou. “Mas ela precisa ser mais rápida, mais justa e mais financiada.”
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.