A Nova Doutrina Americana: Implicações Globais e o Foco no Hemisfério Ocidental

A nova doutrina americana, segundo Alberto Pfeifer, prioriza relações bilaterais e o interesse nacional, impactando instituições globais e focando nas Américas.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Nova Doutrina Americana e Suas Implicações Globais

A nova abordagem dos Estados Unidos está transformando a doutrina americana em relação ao cenário internacional, priorizando o interesse nacional e as relações bilaterais em detrimento dos acordos multilaterais. Essa análise é de Alberto Pfeifer, coordenador-geral do DSI-USP e pesquisador de geopolítica do Insper Agro Global.

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Segundo ele, “a ação americana está primeiramente calcada no princípio do Estado nacional, do interesse nacional. São as relações bilaterais que vão importar. Esqueçam o multilateralismo e os arranjos amplos”.

Pfeifer prevê que instituições como a OMC, a ONU e até mesmo a Otan, que é o principal arranjo de segurança entre os países ocidentais e a Europa, podem ser afetadas. “A ideia dos Estados Unidos é ir para o um a um com o restante do mundo. Ao mesmo tempo, consolida-se a ideia de espaços de influência ou ‘condomínios’ globais, incluindo o condomínio asiático, onde a China deve ganhar proeminência, e a esfera europeia, da qual os Estados Unidos já demonstram sinais de retirada”, explicou.

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Foco no Hemisfério Ocidental

Pfeifer destaca que o conceito da nova doutrina de Trump não se limita apenas a relações bilaterais, mas também define o Hemisfério Ocidental, que vai do Alasca à Patagônia, como o espaço de interesse primordial dos Estados Unidos. Para ele, essa nova estratégia do governo norte-americano fundamenta a retomada econômica e foca na reindustrialização da indústria americana.

Desafios e Ações nas Américas

De acordo com Alberto Pfeifer, as Américas são vistas pelo governo Trump como uma plataforma de investimento produtivo e distribuição de recursos, com o objetivo de conter a imigração ilegal e combater o narcotráfico. “A partir dessa nova doutrina, derivam ações em curso nas Américas, especialmente na Venezuela, seguido por Cuba, Nicarágua e outros países que não estejam plenamente alinhados aos Estados Unidos”, concluiu.

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Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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