A nomeação de diretores em escolas do estado de São Paulo é considerada ilegal, segundo a Promotoria
Assessoria questiona critérios da administração do prefeito Ricardo Nunes para medidas que impactaram 25 gestores.

A Promotoria de Justiça do Estado comunicou na quinta-feira (4.jul.2025) um parecer que se opõe ao afastamento de 25 diretores de escolas municipais de São Paulo, decisão tomada em maio pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O documento avalia como ilegal e prejudicial às escolas, solicitando a restauração de todos os cargos. A manifestação foi apresentada em ação civil pública de autoria do Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público do Município de São Paulo.
A acusação contesta a validade e os fundamentos utilizados pela Prefeitura para justificar a remoção dos diretores escolares. A Prefeitura de São Paulo decretou o afastamento dos 25 diretores com base nos resultados dos alunos em indicadores educacionais. Todos ocupavam o cargo há pelo menos 4 anos, conforme dados da secretaria municipal de Educação.
Leia também:

Descubra as ideias de presentes para celebrar o primeiro ano de vida da filha de Neymar

A agência revisará normas para voos em balões com ocupantes no país

Diretor da Copersucar afirma que COP30 representa oportunidade para fortalecer iniciativas no Brasil
A administração Nunes justificou a decisão afirmando que os diretores participariam de uma “requalificação intensiva do Programa Juntos pela Aprendizagem”. Esse programa foi criado em abril com o objetivo de aprimorar os indicadores educacionais da rede municipal de ensino.
A decisão foi tomada após os baixos resultados educacionais da Prefeitura serem questionados durante a campanha de reeleição de Nunes em 2024. A situação colocou em risco a permanência de Fernando Padula como secretário municipal de Educação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Padula declara que a nomeação dos 25 diretores para requalificação se baseou em critérios técnicos e desmente perseguição política aos profissionais.
Uma pesquisa da Repu revelou que apenas três dos 25 diretores afastados pertencem às 25 unidades escolares com o desempenho mais baixo na capital paulista. A análise avaliou as metas de cada instituição no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
A promotora Fernanda Peixoto Cassiano declara no parecer que não há base técnica para considerar isoladamente esses índices como aptos a indicar o desempenho das unidades escolares. O documento também afirma que o afastamento viola o princípio da impessoalidade da Administração Pública e desrespeita a Lei Municipal 14.660/2007, que estabelece o Estatuto do Magistério Municipal.
O curso de requalificação obrigatório para diretores possui carga horária entre 96 e 120 horas mensais. Esse volume corresponde a 66,6% a 83% da jornada de trabalho de 36 horas semanais estabelecida pela legislação municipal. A Prefeitura não se manifestou sobre o parecer dos promotores.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.