A MTST manifesta-se na sede da Localiza e solicita o encerramento de incentivos fiscais
Manifestantes promoveram uma ocupação simbólica na empresa, em Belo Horizonte, com cartazes em apoio à taxação de indivíduos com alta renda.

Membros do MTST e da Frente Povo Sem Medo de Minas Gerais invadiram, na manhã de quinta-feira (10.jul.2025), o salão da sede da Localiza, em Belo Horizonte (MG). A manifestação foi finalizada no mesmo dia.
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A manifestação visava a reivindicação por justiça fiscal. Os participantes demandaram a taxação dos super-ricos, o encerramento de isenções tributárias para grandes empresas e o aumento dos investimentos públicos em áreas como saúde, educação e habitação.
A seleção da Localiza – uma das maiores empresas de aluguel de veículos do país – teve caráter simbólico. Eles afirmam que a companhia recebe incentivos fiscais do governo de Minas Gerais.
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O MTST divulgou imagens em redes sociais com manifestantes portando faixas, cartazes e bandeiras, exigindo a taxação dos mais ricos. “Taxar BBB: bilionários, bancos e bets”, diz um dos cartazes.
Os movimentos também criticaram a política fiscal do governador Romeu Zema (Novo). Alegam que o chefe do Executivo estadual prioriza empresas ligadas a aliados políticos, ao mesmo tempo em que setores sociais sofrem com reduções orçamentárias.
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A Localiza declarou, em contato com o G1, que não se manifestará sobre o protesto. O governo de Minas Gerais afirmou que asisenções fiscais são legais e visam atrair investimentos, criar empregos e assegurar a competitividade entre os estados, conforme reportado pelo G1.
Governo propõe taxar ainda mais pessoas com alto patrimônio.
Em março de 2025, o governo federal apresentou à Câmara dos Deputados uma proposta de projeto de lei que isenta o IR (Imposto de Renda). O texto propõe isenção para quem recebe até R$ 5.000 por mês e estabelece cobrança para rendas acima de R$ 50.000 mensais (R$ 600 mil ao ano).
A proposta visa compensar a redução da receita decorrente da nova alíquota de isenção. A projeção do Ministério da Fazenda é obter R$ 25,2 bilhões em 2026 por meio da taxação dos ultra-ricos, montante equivalente aos R$ 26 bilhões que deixarão de ser arrecadados com a alteração.
Na quinta-feira (11.jul), o relator do projeto na Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), resolveu aumentar a margem de desconto para aqueles que recebem até R$ 7.350 mensais, conforme proposto pelo governo. O parecer manteve um imposto mínimo sobre quem ganha mais de R$ 600 mil por ano. Para quem ultrapassar R$ 1,2 milhão anuais, a alíquota será de 10%.
O texto isenta de cálculo alguns tipos de rendimento, como os provenientes de poupança, indenizações por acidente ou doenças graves e certas aposentadorias, o que pode diminuir o valor do imposto a pagar. Leia o relatório integral (PDF – 302 kB).
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.