A MRV&Co anunciou na terça-feira (12) que a receita operacional líquida da empresa atingiu R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, representando um aumento de 18% em comparação com o desempenho do mesmo período de 2024, impulsionado pelo segmento de incorporação da MRV&Co, que compreende as marcas MRV e Sensia.
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A MRV&Co afirmou que o mercado de habitação econômica vive o “melhor momento de sua história” devido aos incentivos do programa Minha Casa, Minha Vida, promovido pelo governo federal.
O setor de aquisições do grupo obteve lucro líquido ajustado de R$ 125,5 milhões no segundo trimestre, representando um aumento de 64,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
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A receita operacional líquida desta divisão aumentou 20,8%, atingindo R$ 2,5 bilhões, com margem bruta de 30,2%, em comparação com 26% no período anterior.
“Esperamos um desempenho de vendas no segundo semestre bastante robusto”, declarou o diretor financeiro, Ricardo Paixão, em entrevista à Reuters, destacando o reajuste das faixas 1, 2 e 3 do MCMV, ocorrido em abril deste ano. “Elas têm sido bastante relevantes.”
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A MRV informa que, em aproximadamente 60% dos estados em que atua, existem subsídios regionais além do MCMV, e cerca de 25% das vendas da empresa são beneficiadas por esses programas.
O segmento registrou um consumo de caixa de R$ 35,9 milhões, com ajustes, ainda impactado pelo desalinhamento entre unidades produzidas e repassadas, que reduziu para 1.324 no final de junho, de 1.418 ao final de março, correspondendo a uma diferença de R$ 77 milhões na geração de caixa.
As 1.418 unidades represadas ao final do primeiro trimestre, foram vendidas mais 767 unidades antes da liberação do impedimento, mas repassamos 663 unidades. Essa evolução, somada a 198 cancelamentos de contratos com repasse pendente, totalizam as 1.324 unidades sem repasse ao fim do segundo trimestre, disse a construtora em seu balanço.
O executivo financeiro da empresa reiterou que se prevê uma mudança nesse cenário nos próximos períodos.
“Esperamos ter mais receitas do que despesas, o que seria um caso importante para a geração de caixa”, declarou Paixão.
Ademais, a empresa registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 774,7 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$ 29,4 milhões apurado no mesmo período do ano anterior, com as operações da subsidiária norte-americana Resia sendo o principal fator para o resultado negativo.
A Resia registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 886,9 milhões no trimestre encerrado em junho, influenciado pela baixa contábil de US$ 144 milhões decorrente da venda de ativos realizada no mês anterior.
Essa perda estimada totaliza US$ 81 milhões, decorrente das vendas de terrenos, e mais US$ 63 milhões provenientes do desinvestimento de projetos da denominada “safra legado”, que são ativos que serão vendidos com prejuízo em relação ao custo.
A avaliação baixa não contempla a venda do empreendimento Golden Glades, em Miami, cujo valor de transação é de US$ 198 milhões e que apresenta “ótimo potencial de lucro e retorno”, conforme declarado pela empresa.
A Resia também vendeu em 18 de julho o terreno Forresta Village, em Houston, por US$ 7,2 milhões, valor já contemplado no impairment e que, portanto, “não gerou resultado positivo nem negativo”, segundo o diretor financeiro, Ricardo Paixão.
O executivo acrescentou que, após o impairment de todas as propriedades para venda, haverá um pequeno impacto negativo em despesas financeiras e G&A, indicando um prejuízo menor para a Resia nos próximos trimestres.
A subsidiária visa vender US$ 800 milhões em ativos até o fim de 2026. Na terça-feira, o grupo comunicou que as vendas já alcançam US$ 124 milhões, envolvendo empreendimentos e terrenos – incluindo o mais recente neste terceiro trimestre.
As seguradoras estimam prejuízos de 84 bilhões de dólares para 2025 devido a eventos climáticos.
Fonte por: CNN Brasil