A ministra Marina diz que a equipe está preparada para resolver divergências
A ministra, ao comentar sobre os investimentos na exploração de combustíveis fósseis no país, declarou que “existem contradições em todo o mundo, não ap…

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu, no domingo (6), que é necessário planejamento para lidar com as mudanças climáticas e impulsionar a transição energética.
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A ministra, ao comentar sobre os investimentos na exploração de combustíveis fósseis no país, declarou que as “contradições existem em todo o mundo, não só no Brasil”.
Marina concedeu entrevista durante a Cúpula do Brics, que se realiza entre este domingo e segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, com a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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A ministra foi questionada por jornalistas acerca dos projetos do governo e da Petrobras, incluindo a exploração de petróleo na Bacia Marítima da Margem Equatorial, área marítima que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, onde o Rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico.
Em Dubai [na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP28, em 2023], concordamos em promover a transição para o abandono de combustíveis fósseis, com países ricos liderando essa transição, seguidos por países em desenvolvimento. E o que eu defendo é que precisamos de um roteiro para essa transição. A pior maneira de lidar com uma situação difícil, que é difícil para todos, é não planejarmos para ela. Por isso, foi corretamente estabelecido que se trata de uma transição justa e planejada.
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Ademais, Marina mencionou como exemplo o compromisso do Brasil de eliminar o desmatamento até 2030, considerando que a agricultura representa o maior peso do seu comércio exterior.
“Conseguimos diminuir o desmatamento em 46%, na Amazônia, e em 32%, em todo o país”, recordou.
“E olha que coisa interessante, nós conseguimos reduzir o desmatamento nessa quantidade, evitamos lançar mais de 400 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera e, ao mesmo tempo, a nossa agricultura cresceu 15% e nós tivemos um aumento da renda per capita em mais de 11%, e o Brasil conseguiu abrir mais de 300 mercados para a sua agricultura”, destacou a ministra.
Ser um exemplo a ser seguido.
A ministra Marina Silva declarou que o Brasil tem potencial para liderar pelo exemplo em matéria ambiental. Para isso, ela solicitou um financiamento significativo dos países desenvolvidos para as ações de combate às mudanças climáticas, sobretudo em nações mais vulneráveis.
O Brasil pode ser um dos países que possui um compromisso de erradicar o desmatamento até 2030. A iniciativa é vista como liderança pelo exemplo, segundo Marina, mencionando as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e as ações governamentais na política ambiental interna.
A ministra afirma que, há décadas, uma série de decisões tem sido tomada em relação ao enfrentamento da mudança do clima, e o principal obstáculo atual é a implementação dessas decisões e a falta de financiamento na quantidade e continuidade necessárias.
“Todos os países em desenvolvimento concordam na necessidade de recursos financeiros e tecnológicos; de agregar recursos públicos que atuem como impulsionadores, inclusive, para possibilitar o acesso a recursos privados”, declarou.
É necessária, também, a transferência de tecnologia para auxiliar países em desenvolvimento a realizarem suas transições, a reduzirem suas emissões e, sobretudo, a se adaptarem a uma situação que já é realidade. São recursos muito volumosos na área de infraestrutura.
Adicionalmente, existe outra agenda, que é a de perdas e danos: como remediar os danos das populações e regiões que já estão sendo afetadas de forma dramática, sobretudo os países mais vulneráveis.
A Marina recordou que a Cúpula das Nações Unidas sobre o Clima 29, realizada em Baku, Azerbaijão, em 2024, definiu o alvo de alocar 1,3 trilhão de dólares anualmente em financiamento climático para países em desenvolvimento até 2035. Contudo, o compromisso final alcançado ficou em 300 bilhões de dólares por ano, que os países desenvolvidos devem fornecer para enfrentar e reduzir a crise climática.
Em 2023, a COP30 acontecerá sob a presidência do Brasil, em Belém, e, segundo Marina, o objetivo do governo é que seja a COP da implementação, com recursos financeiros significativos e metas de redução de emissões ousadas. Até o momento, apenas 22 países apresentaram suas metas.
Serviços ambientais
A ministra destacou as ações do Brasil para engajar a comunidade internacional durante o exercício da presidência do G20, no ano passado, e do BRICS, no último semestre, em relação a questões de desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas. O Brasil propõe o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que integra investimento público com a obtenção de recursos no setor privado, visando arrecadar aproximadamente US$ 4 bilhões anualmente, destinados a 70 países com florestas tropicais preservadas.
O pagamento por serviços ambientais, de conservação das florestas, explicou Marina. As florestas prestam serviços para o equilíbrio do planeta e isso ajudará a conservar florestas e seus povos originários e locais, que são responsáveis pela preservação dessas áreas no mundo inteiro.
A ministra do Meio Ambiente afirma que o governo Lula está desenvolvendo uma proposta para remunerar grandes, médias e pequenas propriedades rurais que possuem reserva legal excedente.
São instrumentos econômicos para que possamos enfrentar a mudança do clima, a desertificação, a perda de biodiversidade e, ao mesmo tempo, combater a pobreza e as desigualdades, gerando emprego, gerando renda e, exatamente em função disso, nós estamos trabalhando medidas alternativas para viabilizar recursos, como é o caso do Fundo Clima, do Ecoinvest e do próprio Fundo Amazônia.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.