A memória HBM (High Bandwidth Memory) é um tipo de memória de acesso aleatório que oferece largura de banda significativamente maior em comparação com a memória DRAM tradicional

Novas tecnologias de memória estão impulsionando o futuro do processamento e quais inovações vão impactar o seu próximo projeto.

03/06/2025 19:21

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A memória HBM (High Bandwidth Memory) é um tipo de memória de acesso aleatório que oferece largura de banda significativamente maior em comparação com a memória DRAM tradicional

A velocidade das máquinas evoluiu. Paralelamente, a maneira de tratar a memória transformou-se. Em vez de considerar latência e restrições, a ênfase recai sobre a largura de banda e a velocidade. A memória de alta largura de banda, ou HBM, representa um novo caminho para otimizar processos que antes pareciam lentos, incluindo a reprodução de vídeos em 4K e as simulações utilizadas na inteligência artificial.

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A memória de alta largura de banda, ou HBM, é uma tecnologia de memória de altíssima velocidade, desenvolvida para solucionar um gargalo que se tornou um problema significativo: a largura de banda. Isso se tornava uma limitação para processadores mais rápidos, como as GPUs e as CPUs de última geração.

O conceito de HBM surgiu de uma antiga necessidade: encontrar uma maneira de superar as restrições físicas das memórias tradicionais. Apesar de DDR e GDDR apresentarem desempenho satisfatório para diversas aplicações, elas enfrentavam uma questão significativa: a largura de banda.

Em 2008, a AMD e a SK Hynix iniciaram o conceito de empilhar chips de memória em vez de distribuí-los. Em 2013, a tecnologia recebeu o apoio da JEDEC e se tornou um padrão de mercado. Em 2015, ela teve sua aplicação no mundo real, sendo utilizada pela GPU Radeon R9 Fury X. O lançamento não foi ideal, com restrição a 4 GB, o que a colocou em desvantagem em jogos, porém, estabeleceu uma base funcional.

Atualmente, a HBM está estabelecida no mercado: as versões HBM2, HBM2E e HBM3 já são realidade em placas profissionais e aceleradores de inteligência artificial, que necessitam de uma largura de banda excepcional para operar. Simms International, Semiconductor Engineering e Micron.

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As gerações mais recentes da HBM – como a HBM3E e a HBM4, em desenvolvimento – visam tornar possível o que antes era considerado inviável. Apresentam larguras de banda superiores a 1,2 TB/s e capacidades que triplicam as existentes até o momento. Isso implica em possibilitar que modelos de inteligência artificial, cada vez mais sedentos por dados, se treinem e funcionem em ritmos sem precedentes. Também significa liberar progressos em simulações científicas que demandam grandes quantidades de informação, como estudos sobre o clima e o desenvolvimento de fármacos. A capacidade de transmissão de dados atual é a porta de acesso ao futuro.

Não para isso: esse novo impulso que a HBM traz fará repensar o modo como desenvolvemos experiências digitais. Renderização de mundos virtuais mais realistas, carros autônomos que tomam decisões em frações de segundo, análise de Big Data que não deixa um único padrão passar despercebido… Tudo isso se tornará viável quando a barreira da memória desaparecer com grandes volumes de dados.

Fonte por: Adrenaline

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.