A margem para corte das taxas de juros pelo Banco Central Europeu é alta, considerando o cenário econômico robusto, afirma Schnabel

A taxa de juros para outro corte pelo BCE é “muito alta”, uma vez que a economia da zona do euro está melhor do que o esperado, apesar da incerteza sobre o comércio, disse a membro do BCE Isabel Schnabel em uma entrevista divulgada nesta sexta-feira (11).

Após diminuir sua taxa de juros para 2% no mês passado, o BCE indicou que permanecerá em espera e observará como a economia responde a uma guerra comercial global, impulsionada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Schnabel manifestou uma preferência evidente por preservar as taxas de juros, considerando que a inflação está atrelada à meta de 2% do BCE, a economia da zona do euro demonstra resiliência e o aumento dos gastos governamentais na Alemanha está aprimorando as perspectivas.

Leia também:

Ana Hickmann promove jantar com Edu Guedes após saída do hospital

Aumento da pena para o abandono de idosos e pessoas com deficiência

Senado realizará celebração pelos 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão

A projeção é que a inflação fique em 2% e as expectativas de inflação estão bem ancoradas, afirmou Schnabel, à agência Econostream. “Em vista disso, nossa taxa de juros também está em uma boa posição, e a barra para outro corte de juros é muito alta.”

O BCE diminuiu sua taxa de juros para 2% no mês passado – um patamar que, segundo Schnabel, está se tornando um acomodação. A faixa oficial do BCE para a taxa neutra, que não é nem acomodatícia, nem restritiva, varia de 1,75% a 2,25%.

Ela afirmou que somente apoiará um corte se houver “sinais de um desvio considerável da inflação” em relação a 2% e se manifestou contra o “ajuste fino” da taxa em resposta a dados como as oscilações nos preços do petróleo.

Schnabel atenuou a influência recente da taxa de câmbio do euro, afirmando que seu “passagem” para a inflação será restrito e reflete uma visão econômica mais favorável.

Ainda parece que a incerteza está afetando menos a atividade econômica do que se imaginava e, além disso, preveem um forte estímulo fiscal que proporcionará maior suporte à economia.

Atualmente, as perspectivas de crescimento na zona do euro apresentam um cenário de riscos mais equilibrado.

Ela sustentou que as tarifas apresentavam-se inflacionárias a longo prazo, em razão dos custos elevados e das cadeias de suprimentos menos eficazes, o que não estava contemplado em nossos modelos de projeção padrão.

Compreenda a política tarifária de Trump sobre o Brasil e seus efeitos na economia.

Fonte por: CNN Brasil