A maioria dos brasileiros defende a regulamentação das redes sociais, segundo levantamento do AtlasIntel

A grande maioria dos brasileiros demonstra apoio à criação de uma lei específica para regular as redes sociais no Brasil, conforme aponta a mais recente pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta quinta-feira, 28.

Setenta e cinco por cento dos entrevistados manifestam apoio à regulamentação das atividades das grandes empresas de tecnologia no país, em comparação com 43,9% que expressam oposição ao tema.

O apoio à regulamentação, embora ainda alcance a maioria da população, enfrenta seu pior momento na série histórica do levantamento. Em abril de 2023, quando o AtlasIntel fez a primeira pergunta, 77,9% manifestavam-se favoráveis à legislação. Em agosto de 2024, quando o instituto retomou a indagação à população do País sobre o caso, o apoio já havia diminuído para 67,8%.

Aprovada na quarta-feira, 27, a Câmara dos Deputados uma lei que visa proteger crianças nas redes sociais, em decorrência de denúncias sobre a sua “adultização”. O governo, contudo, busca capitalizar o interesse no assunto para impulsionar uma proposta mais abrangente, que estabeleça limites para o funcionamento das plataformas no Brasil.

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O tema enfrenta forte rejeição da oposição bolsonarista no Congresso, porém, segundo a pesquisa, possui apoio popular. De acordo com o AtlasIntel, a imposição de limites mais rígidos na atuação das grandes empresas de tecnologia no Brasil é apoiada por 53,9% da população e rejeitada por 43%.

Você acredita que uma regulamentação mais rigorosa das redes sociais no Brasil é necessária?

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O AtlasIntel indagou se eleitores brasileiros enxergam notícias falsas como risco para a democracia do país. Os resultados demonstram que a percepção de que fake news ameaçam a estabilidade brasileira atinge a maioria da população.

Na sua visão, a disseminação de notícias falsas nas redes sociais constitui uma ameaça para a democracia do seu país?

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A pesquisa também investigou a opinião pública sobre quem deve determinar a remoção de uma publicação das redes sociais. Há uma divisão, porém com predominância da avaliação de que as próprias plataformas devem ter a palavra final.

Qual a sua visão sobre se as decisões de remoção de conteúdo nas redes sociais deveriam ser tomadas pelas próprias plataformas ou por órgãos governamentais?

Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira utilizou 6.238 entrevistas, conduzidas entre 20 e 25 de agosto, por meio do método de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). O estudo foi realizado em colaboração com a Bloomberg e apresenta uma margem de erro de um ponto percentual.

Fonte por: Carta Capital