Com o início da temporada 2025/26, a LaLiga está reforçando sua estratégia global de combate à pirataria audiovisual com um alerta firme: “Se você assiste futebol pirata, eles te pegam”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A pirataria causa um impacto econômico já significativo, estimado em entre 600 e 700 milhões de euros anualmente para os clubes espanhóis, mas a LaLiga ressalta uma ameaça ainda mais preocupante: o aumento dos riscos à segurança digital dos torcedores.
A pirataria não se restringe à Espanha. Ela se expandiu para mercados internacionais importantes, como a América Latina, onde plataformas e aplicativos não autorizados que oferecem transmissões ilegais de eventos esportivos estão em crescimento.
LEIA TAMBÉM!
Investigações recentes apontam que diversas dessas plataformas são gerenciadas por organizações criminosas estruturadas. Após o acesso, podem ser instalados softwares maliciosos, como vírus, softwares espionadores ou programas de extorsão, nos aparelhos dos usuários, permitindo o roubo de credenciais, informações financeiras e até mesmo o acesso não autorizado às câmeras.
O consumo de conteúdo pirateado não é apenas ilegal; também coloca os usuários em risco. Indivíduos criminosos podem obter dados pessoais sensíveis, como endereços, informações de emprego, detalhes familiares, incluindo nomes de filhos, e registros financeiros. Essa exposição pode resultar em roubo de identidade, fraudes financeiras, violações de privacidade e possíveis consequências legais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A LaLiga, através de sua rede internacional em 38 países, colabora com órgãos policiais e organizações globais como a Europol. Um exemplo notável é a “Operação Kratos”, que desmantelou uma rede global que distribuía mais de 2.500 canais ilegais para 22 milhões de usuários. As autoridades apreenderam armas, drogas e criptomoedas, conectando a pirataria a atividades criminosas de alto nível.
Outro caso relevante foi a “Operação 404”, uma iniciativa colaborativa entre a LaLiga e a Aliança Contra a Pirataria Audiovisual, que ocasionou o primeiro bloqueio judicial no continente americano do aplicativo Magis TV, além do encerramento de mais de 675 sites e 14 aplicativos ilegais. A operação resultou em prisões e apreensões na Argentina e no Brasil.
Para evitar a exposição a essas ameaças, seguem-se as principais recomendações:
Evite o uso ou o download de aplicativos e programas não oficiais, pois estes frequentemente contêm códigos maliciosos que podem infectar seus dispositivos.
Evite clicar em links duvidosos ou não verificados, pois diversos sites ilegais são armadilhas para a instalação de softwares maliciosos ou programas de ransomware.
Atualize seus softwares e antivírus para identificar e impedir ameaças já conhecidas. Observe atentamente os avisos do sistema em relação a possíveis infecções.
Utilize apenas transmissões oficiais e legais, que proporcionam uma experiência segura e salvaguardam seus dados pessoais. A seção “Onde Assistir LALIGA” no site oficial da LaLiga lista os canais autorizados para cada país do mundo.
Desconfie de serviços de streaming “gratuitos”, principalmente aqueles que exigem permissões questionáveis, pois podem ser vias para atividades fraudulentas. Se o serviço é gratuito, você é o produto.
Evite o uso de contratos que empreguem transferências diretas ou criptomoedas como meio de pagamento.
Finalmente, conforme alertam as autoridades policiais, reguladores e órgãos nacionais e internacionais, o consumo de conteúdo pirata representa um risco sério para os usuários. Isso os expõe a ameaças que podem comprometer gravemente sua segurança e levá-los, sem perceber, a fornecer dados pessoais altamente sensíveis a redes criminosas que atuam na clandestinidade.
O enfrentamento da pirataria demanda um esforço conjunto das autoridades, da indústria e dos próprios usuários. O que pode parecer um streaming inofensivo pode acarretar consequências graves no curto, médio e longo prazo.
A CazéTV pertence à Rede Globo? Veja quem está por trás do canal de streaming.
Fonte por: CNN Brasil
