A inteligência artificial poderá causar demissões em massa se os setores industriais não investirem em inovação, afirma o diretor executivo da Nvidia
Acreditando que o surgimento de novas ideias por empresas garante espaço para a prosperidade da produtividade e do emprego.

O executivo-chefe da maior fabricante de semicondutores do planeta avisou que, apesar do aumento notável da produtividade no ambiente de trabalho proporcionado pela inteligência artificial, ela pode resultar na demissão de funcionários caso os setores não se adaptem e inovem.
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Se o mundo perder a capacidade de gerar ideias, os ganhos de produtividade se converterão em perda de empregos, afirmou o CEO da Nvidia, Jensen Huang, em entrevista a Fareed Zakaria da CNN, ao responder a comentários feitos pelo também líder do setor tecnológico Dario Amodei, que sugeriu que a IA provocará grandes deslocamentos no mercado de trabalho.
Amodei, diretor da Anthropic, alertou no mês passado que a tecnologia poderia causar um aumento dramático no desemprego em um futuro muito próximo. Ele afirmou ao Axios que a IA poderia eliminar metade dos empregos de entrada para profissionais administrativos e elevar o desemprego até 20% nos próximos cinco anos.
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Huang acredita que, enquanto as empresas apresentarem novas ideias, há espaço para a produtividade e o emprego prosperarem. No entanto, ele afirmou que “a produtividade cai”, o que pode resultar em menos empregos.
A questão central é se ainda existem mais ideias na sociedade. E se tivermos, se formos mais produtivos, poderemos crescer.
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O crescimento nos investimentos em IA, que gerou um intenso desenvolvimento tecnológico nos últimos anos, suscitou dúvidas acerca da possibilidade de a tecnologia representar uma ameaça ao emprego no futuro.
Cerca de 41% dos executivos afirmaram que a IA diminuirá o número de empregados em milhares de empresas nos próximos cinco anos, conforme uma pesquisa de 2024 da empresa de recrutamento Adecco Group.
Um estudo publicado em janeiro pelo Fórum Econômico Mundial revelou que 41% dos empregadores pretendem diminuir sua força de trabalho até 2030 em razão da automação por inteligência artificial.
“Todos os empregos serão impactados. Alguns serão eliminados, muitos serão criados e espero que os ganhos de produtividade observados em todos os setores elevem a sociedade”, afirmou Huang.
A Nvidia, que em breve ultrapassará a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado, se destaca como uma das empresas que impulsiona a revolução da inteligência artificial. A tecnologia da empresa com sede em Santa Clara, Califórnia, é utilizada para fornecer energia a data centers que empresas como Microsoft, Amazon e Google empregam na operação de seus modelos de IA e serviços em nuvem.
Huang defendeu o desenvolvimento da IA, afirmando que “ao longo dos últimos 300 anos, 100 anos, 60 anos, mesmo na era dos computadores, tanto o emprego quanto a produtividade aumentaram”.
Ele complementou que os avanços tecnológicos podem facilitar a concretização de “uma abundância de ideias” e “maneiras de construirmos um futuro melhor”.
A inteligência artificial deverá alterar a maneira como o trabalho é executado. Mais de cinquenta por cento das grandes empresas americanas planejam automatizar tarefas que antes eram realizadas por funcionários, como o pagamento a fornecedores ou a emissão de faturas, conforme apurado em uma pesquisa de 2024 da Universidade Duke e dos Feds de Atlanta e Richmond.
Huang afirmou que até mesmo seu trabalho foi transformado como consequência da revolução da IA, “mas ainda estou exercendo minha função”.
Empresas também utilizam ferramentas de IA, como ChatGPT e chatbots, para atividades criativas, como a elaboração de anúncios de emprego, comunicados à imprensa e a construção de campanhas de marketing.
“A IA é o maior equalizador tecnológico que já vimos”, afirmou Huang. “Ela eleva as pessoas que não entendem de tecnologia”.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.