A Inteligência Artificial (IA) nas empresas brasileiras deixou de ser exclusiva de grandes corporações. A tecnologia tornou-se parte da rotina de organizações de diferentes portes e segmentos. Contudo, sua implementação demanda mais do que investimento em sistemas: necessita de estrutura interna adequada, planejamento e integração com os objetivos estratégicos.
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De acordo com Rodrigo Miranda, diretor-executivo da G.A.C. Brasil, diversas organizações ainda consideram a IA como um recurso independente. Contudo, para que a inovação produza resultados significativos, é necessário repensar os processos, implementar uma governança específica, desenvolver as habilidades das equipes e fomentar uma cultura focada em dados e colaboração.
Governança e cultura influenciam o valor.
Para Miranda, empresas com estruturas rígidas ou pouco colaborativas encontram maiores dificuldades para explorar o potencial da tecnologia. “A governança da inovação deve contemplar a ética no uso da IA, a qualidade dos dados e equipes multidisciplinares”, declara o executivo.
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As organizações devem definir de forma clara o papel da inteligência artificial em sua estratégia. Isso inclui estabelecer metas, identificar aplicações factíveis e avaliar como a tecnologia pode transformar o modelo de negócio existente. Essa análise auxilia na previsão de riscos e oportunidades, considerando a realidade de cada empresa.
O planejamento auxilia na determinação de prioridades.
Com a assistência de uma consultoria especializada, as empresas podem elaborar um Plano Estratégico Tecnológico. Essa ferramenta auxilia na identificação das tecnologias mais relevantes e na definição de caminhos para sua implementação, sempre com foco nos resultados.
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Um aspecto importante é a Gerência do Portfólio de Projetos de Inovação. Esse processo possibilita conciliar ações convencionais e transformadoras, otimizando o emprego de recursos e elevando a probabilidade de sucesso das soluções com inteligência artificial.
Miranda destaca que a implementação da Inteligência Artificial requer integração ao planejamento corporativo. “É necessário tratá-la como parte de um sistema mais amplo, com análise de cenários, ideação colaborativa, avaliação de riscos e definição de métricas”, afirma.
Vantagens operacionais e estratégicas
A Inteligência Artificial se destaca como um dos principais propulsores da próxima fase de inovação nas organizações. Seus impactos são observáveis tanto nos processos internos quanto na posição competitiva da empresa.
Incluem-se, entre os benefícios diretos, a diminuição dos gastos operacionais, o aumento da produtividade e a maior exatidão nas decisões. Por conseguinte, a IA expande a habilidade de se ajustar a transformações e aprimora o desempenho no mercado.
É necessário monitorar indicadores de desempenho e de geração de valor para acompanhar esse impacto. Esses dados auxiliam na medição do retorno financeiro e no alinhamento com os objetivos do negócio.
Incentivos promovem investimentos.
Empresas que investem em soluções baseadas em Inteligência Artificial podem acessar mecanismos de apoio, como os contemplados na Lei do Bem. A legislação prevê incentivos fiscais para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, incluindo o emprego estruturado de IA.
De acordo com Miranda, empresas que consideram a tecnologia como parte de uma estratégia abrangente conseguem acelerar o ciclo de inovação e obter valor com maior rapidez, fortalecendo uma vantagem competitiva duradoura.
Fonte por: Carta Capital