O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou, na terça-feira (2), durante a sustentação da parte acusatória no julgamento que pode levar à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que a instauração do caos representava uma etapa necessária para um golpe de Estado.
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Gonet fez a afirmação ao se referir aos atos antidemocráticos contra os Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. “A instauração do caos era explicitamente considerada a etapa necessária do desenrolar do golpe, para que se atraísse a adesão dos comandantes do exército e da aeronáutica”.
O procurador-geral também afirmou que, concomitantemente, a “organização criminosa operava em setores de inteligência para monitorar populações”.
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Ele reiterou que o plano do golpe contou com coordenação, inspiração e determinação final de Bolsonaro.
A acusação iniciou-se após a conclusão da leitura do relatório do processo, conduzida em aproximadamente 1h40 pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, pela manhã desta terça-feira (2).
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Gonet possui até duas horas para sustentar o caso e apresentar a defesa dos réus. Em seguida, prossegue-se com a argumentação das defesas dos oito acusados.
Quem são os membros do núcleo 1?
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe conta com outros sete réus.
Quais crimes os réus estão sendo acusados?
Bolsonaro e outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles:
A exceção se refere a Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão da ação penal contra o parlamentar. Desta forma, ele responde apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O cronograma do julgamento.
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, designou cinco dias para o julgamento da fase central do plano de golpe.
Fonte por: CNN Brasil