A Força Aérea Brasileira interceptou aeronaves e um helicóptero que violaram o espaço aéreo do Brasil

A Força Aérea Brasileira empregou Super Tucanos para realocar trajetórias de aeronaves no último sábado (5 de julho).

06/07/2025 17:35

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A Força Aérea Brasileira interceptou aeronaves e um helicóptero que violaram o espaço aéreo do Brasil
(Imagem de reprodução da internet).

A Força Aérea Brasileira interceptou dois aviões e um helicóptero que sobrevoaram a área restrita no Rio no sábado (5.jul.2025). A capital fluminense sediará a Cúpula do Brics neste domingo (6.jul) e na 2ª feira (7.jul). As aeronaves foram interceptadas por caças A-29 Super Tucano e redirecionadas.

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Conforme a FAB, as interceptações ocorreram “para a apuração dos dados de voo e autorizações”. Os militares relataram que as aeronaves foram direcionadas a alterar suas rotas e monitoradas pelos Super Tucanos.

O helicóptero foi considerado tráfego irregular. “Ao identificar o caça A-29, ele saiu da área restrita e aterrissou em um local isolado”, declarou a FAB. A Força Aérea informou que uma aeronave E-99 permaneceu em voo durante toda a operação para assegurar a “vigilância eletrônica e o controle do espaço aéreo na área de segurança”.

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A delimitação da área aérea no Rio foi definida pelo decreto nº 12.542, de 1º de julho de 2025. O texto estabeleceu os procedimentos de segurança a serem aplicados pelo Sisdabra (Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro) para assegurar a “soberania do espaço aéreo brasileiro e a proteção das autoridades participantes do Brics”. A norma teve validade de 4 a 8 de julho de 2025.

A segurança do Brics também contempla a atuação de unidades de operações especiais e o estabelecimento de barreiras nas vias.

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O encontro de líderes do bloco econômico ocorre no MAM (Museu de Arte Moderna).

A Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu, no sábado (05/07), duas interceptações de aeronaves que transitavam pelas áreas de exclusão, com o objetivo de coletar informações sobre os dados de voo e as autorizações, tendo as aeronaves direcionadas a alterar suas rotas e monitoradas pelos Super Tucanos.

O terceiro incidente se refere a um tráfego irregular (helicóptero) que, ao perceber o caça A-29, deixou a área restrita e aterrissou em um local distante. Essa posição foi comunicada às forças de segurança envolvidas no ocorrido.

Ademais das aeronaves de combate em operação, uma aeronave E-99 permaneceu em voo durante toda a operação, assegurando a vigilância eletrônica e o controle do espaço aéreo na área de segurança. A Força Aérea Brasileira atuou prontamente para garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro e a proteção das autoridades participantes do BRICS.

A Força Aérea Brasileira, por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), está atuando nas reuniões do BRICS, que ocorrem de 4 a 7 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), conforme decreto 12.542, de 1º de julho de 2025, o qual estabelece os procedimentos a serem observados pelos órgãos que compõem o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), em relação às aeronaves que possam apresentar ameaça à segurança dos locais onde ocorrerão a Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do BRICS e a Reunião de Cúpula do BRICS, durante seus períodos de realização. As ações foram coordenadas pelo COMAE, com o apoio de aeronaves A-29 Super Tucano e da aeronave de vigilância E-99.

Para assegurar a segurança e a soberania do espaço aéreo brasileiro durante este período, a Força Aérea Brasileira utiliza aeronaves de combate F-5M e A-29 Super Tucano, aeronaves de reabastecimento em voo KC-390 Millennium, aeronaves radar E-99 e aeronaves de resgate H-60L Black Hawk, em um sistema de defesa preparado para responder a qualquer ameaça que possa emergir.

Adicionalmente, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) acionou, na quinta-feira (03/07), a Sala Master de Comando e Controle, situada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro (RJ). A estrutura atua como núcleo estratégico para a coordenação das operações aéreas durante a Reunião de Cúpula do BRICS, com prerrogativa para autorizar, suspender ou cancelar voos de acordo com as demandas operacionais, buscando assegurar a segurança, a continuidade e a previsibilidade dos voos na área.

É importante ressaltar que, durante o evento, todos os voos nas três áreas de exclusão (branca, amarela e vermelha) devem apresentar Plano de Voo Completo, manter o transponder ativado e estabelecer comunicação com o controle de tráfego aéreo. A entrada não autorizada nessas áreas poderá acarretar a classificação da aeronave como suspeita ou hostil, com aplicação de Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo.

Aprofunde seus conhecimentos sobre o BRICS no Rio.

Veja o vídeo e descubra o que é o Brics (3min36s).

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.